Poesia de Adelina Velho da Palma - A Alguém Hipócrita e Avaro; Mar Vermelho; O Inseto
A Alguém Hipócrita e Avaro
Finges sentir aquilo que não sentes
confiando na minha ingenuidade,
não imaginas que a realidade
é que eu percebo em rigor quanto mentes!...
Com alguns impulsos benevolentes
simulas certa generosidade,
mas escapas-te com habilidade
ficando tuas ofertas pendentes...
Mar Vermelho
Por teu amor de alto a baixo me abri
Mar Vermelho ante a vara de Moisés
e despojada assim de lés a lés
teu corpo e alma nos meus acolhi…
O que era meu em risos te ofereci
meu próprio sangue depus a teus pés
e na ânsia de ser como tu és
de quem eu era quase me esqueci…
O Inseto
soneto satírico de Adelina Velho da Palma
O Inseto
Teus olhos são ocelos de mosquito
talhados em polígonos cruéis,
tuas pernas, finas como cordéis
sustentam um enfezado corpito!...
Contudo, supões-te muito bonito
- o mais belo de todos os donzéis,
nem vês que de entre todos os papéis
o teu é o mais tolo e esquisito!...
Leia este tema completo a partir de 7/11/2011
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