Poesia de Sylvia Beirute - ANTUERPIA, PARIS OU ISTAMBUL; DIANTE DO MUNDO; RIMBAUD NA CIDADE
ANTUERPIA, PARIS OU ISTAMBUL
muito conhecimento e estou a morrer.
muito conhecimento para quê?
onde coloco o conhecimento?
onde poderá ele continuar a crescer a partir
desta base?
em que corpo?
muito conhecimento e estou a morrer.
o meu pai veio visitar-me.
os meus irmãos estão de mãos dadas
à volta de mim.
DIANTE DO MUNDO
diante do mundo,
ele exclui a fuga possível, a numeração
das palavras
como soma da simplicidade. é impossível
recordar
quando se ouve outra música.
(a distância é uma garrafa que tenho
na barriga).
diante do mundo, ele procura o silêncio
dentro da legibilidade.
e os dias são os mesmos,
excepto a sua removabilidade,
RIMBAUD NA CIDADE
{ao Pedro Ribeiro, pela afinidade}
podemos encontrar um homem numa cidade
que se desenrola como uma conversa.
um homem que
toma uma decisão no meu affair, mas não interessa.
bem, a boa poesia sempre tornou os meus olhos
mais brilhantes {e isso interessa},
o meu entusiasmo levemente esquecido
como todas as coisas que se integram.
a minha lei sempre começou por se titular
imediatamente por baixo dos meus pés.
Leia este tema completo a partir de 14/11/2011
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