sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Poesia de Sylvia Beirute - ANTUERPIA, PARIS OU ISTAMBUL; DIANTE DO MUNDO; RIMBAUD NA CIDADE



Poesia de Sylvia Beirute - ANTUERPIA, PARIS OU ISTAMBUL; DIANTE DO MUNDO; RIMBAUD NA CIDADE

 
 
 ANTUERPIA, PARIS OU ISTAMBUL
 
 muito conhecimento e estou a morrer.
 muito conhecimento para quê?
 onde coloco o conhecimento?
 onde poderá ele continuar a crescer a partir
 desta base?
 em que corpo?
 muito conhecimento e estou a morrer.
 o meu pai veio visitar-me.
 os meus irmãos estão de mãos dadas
 à volta de mim.

DIANTE DO MUNDO
 
 diante do mundo,
 ele exclui a fuga possível, a numeração
 das palavras
 como soma da simplicidade. é impossível
recordar
 quando se ouve outra música.
 (a distância é uma garrafa que tenho
 na barriga).
 diante do mundo, ele procura o silêncio
 dentro da legibilidade.
 e os dias são os mesmos,
 excepto a sua removabilidade,

RIMBAUD NA CIDADE
 
 {ao Pedro Ribeiro, pela afinidade}
 podemos encontrar um homem numa cidade
 que se desenrola como uma conversa.
 um homem que
 toma uma decisão no meu affair, mas não interessa.
 bem, a boa poesia sempre tornou os meus olhos
 mais brilhantes {e isso interessa},
 o meu entusiasmo levemente esquecido
 como todas as coisas que se integram.
 a minha lei sempre começou por se titular
imediatamente por baixo dos meus pés.


 Leia este tema completo a partir de 14/11/2011

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