domingo, 13 de novembro de 2011

André Mingas - Um sorriso musical que partiu 



André Mingas - Um sorriso musical  que partiu 
Há seres humanos que acabam por deixar de pertencer aos seus familiares e passam a pertencer a todo um povo, André Mingas foi um deles. Continuará a sê-lo enquanto viver na memória da sua música e a preencher espaços das nossas vidas com a harmonia da sua obra.

Na hora da partida, aos 61 anos, André Mingas deixou suspensa uma nota musical que pôs os angolanos a cantar, um pouco como se cada um dissesse presente! Eu sinto esta música.
«Sentimos no teu canto de violão sincopado, tantas vezes igual ao teu e cada vez mais igual a ti mesmo, a eterna majestade de um rei de coroa de sonhos e manto de charmes que tivemos o privilégio de ter emprestado de Deus durante 61 anos», leu-se no elogio fúnebre.

E este empréstimo levou André a, nas palavras do amigo Reginaldo Silva, saber «influenciar e alterar positivamente, como poucos, o curso normal dos acontecimentos».
UM SORRISO QUE E UMA MARCA

«E superaste na mestria de sorrir camuflando sabe-se lá que pesares… Sorrisos de fazer bem à alma alheia que deixam como rastro uma lembrança bonita: não nos lembramos de ti com outra aura que não tenha sido a da beleza e da gentileza».

Esta passagem, igualmente lida no elogio fúnebre, acaba por ilustrar aquilo que é a imagem que André soube passar de si para a família e para a sociedade. Soube passar e soube ser. Um homem que sabia sorrir. Provavelmente será esta a imagem que o manterá presente para sempre.




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