sábado, 19 de novembro de 2011

A Viola Cabocla - Crónica / divulgação de António Carlos Affonso dos Santos - Acas



A Viola Cabocla - Crónica / divulgação de António Carlos Affonso dos Santos - Acas

Este trabalho, de autoria do Professor Alceu Maynard de Araújo, foi publicado em artigos, na Revista Sertaneja de números 4, 5, 6, 7, 8, 9, 13 e 14, de julho de 1958 a maio de de 1959. Por sua importância para a divulgação deste instrumento tão valioso para a cultura sertaneja, este artigo está sendo transcrito na íntegra, inclusive as fotos. Estas estão com baixa qualidade devido a deterioração do papel, devido a idade do mesmo (45 anos). Ao final do trabalho, veja uma pequena biografia do Prof. Alceu.

Origem da Viola

A viola é por excelência um instrumento musical do meio rural, sendo muito disseminada em nosso país, e encontrada nos mais longínqüos rincões do sertão brasileiro.
Sua origem é remota. No baixo latim encontramos: vidula, vitula, viella ou fiola, mas nenhum destes vocábulos serviu para designar a nossa viola. Tratava-se de um violino pequeno, um tetracórdio. Era a viola de arco, uma espécie de rabeca. Mas a nossa viola é também bastante idosa, veio de Portugal e ao aclimatar-se em terras brasileiras sofreu algumas modificações, não só em sua anatomia como também no número de cordas. é a lei da evolução. Evoluiu tanto que nós conhecemos no Brasil cinco tipos distintos de violas de cordas de aço: a paulista, a goiana, a cuiabana, a angrense e a nordestina.

Dos tipos mencionados, estudaremos apenas a paulista e a angrense pelo fato de serem as mais conhecidas e encontradas com maior freqüência em nosso Estado.
A viola é o instrumento fundamental do «modinheiro», é cordofônio, pois suas cordas comunicam sua vibração ao ar. Serve para acompanhamento de canto e dança. Pode ser tocada só, executando solos, em dupla, o que é muito comum ou para acompanhamento.




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