Recordar o Raizonline - Trabalhos de Números de Arquivo - O Casamento - Por: João Furtado
Desta vez não usamos o Hiace. Iamos a boleia de um amigo. A viagem foi mais suave, não tivemos que dar mil e uma curva até o carro encher. O Hiace leva oficialmente 13 pessoas, normalmente 16 a 20.
A policia bem tenta impedir com multas mas dificilmente consegue multar alguém, embora todos os condutores se gradeiam entre eles, quando existe uma operação «STOP», os que passam pelo ponto do «STOP» pisca para todos os Hiaces com que se cruzam. Uma espécie de pacto.
Outra razão do excesso da capacidade é que ninguém quer entrar num Hiace vazio. E sempre a força que vai-se rendendo e entrando no carro. Um puxa eu puxa você com resultados imprevistos. Todos os condutores têm um grupo de 4 ou 5 ajudantes que a troco de alguns tostões entram e fingem ser clientes e que vão descendo aos poucos conforme o Hiace vai-se enchendo com verdadeiros clientes.
O carro sai do largo da Sucupira toma Avenida de Lisboa vira a esquerda, contorna a Rotunda a frente da sede do Sindicato UNTC-CS, Primeiro de Maio toma a Avenida da Fazenda vai até a Ponte da Vila Nova vira a direita anda mais uns 300 metros vira a esquerda, sobe Safende, passa por Cruz Marques chega a Rotunda de Ponta de Agua, sempre a parar, a lutar para que este ou aquele passageiro entre no seu Hiace e não do colega de profissão.
E regressa no sentido inverso até o Largo da Sucupira de novo. Ao todo cerca de 2 ou três quilómetros. Já cheguei a fazer este percurso pelo menos 6 vezes antes de rumar ao destino programado. Deve ser por isso que todos procuram o Hiace que já esta cheio. Mesmo se para tal se lembre das sardinhas enlatadas, só que as sardinhas não tiveram escolha…
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