Poesia de Cremilde Vieira da Cruz - Onde moras, Poesia?; Reflexão; Revelação
Onde moras, Poesia?
Sobejam estes dias sem cor,
Sem o mar à volta de mim,
A transbordar de peixes multicores,
De olhos verdes ou azuis cintilantes,
Escamados de qualquer cor,
Com qualquer configuração,
Pintalgados ou não.
Até parece que o mar adormeceu,
Ou eu,
E nada resta do mar,
Reflexão
Ferem-nos os picos
dos catos envenenados
do canteiro ao lado
da casa que não temos.
Subimos a escada,
abrimos a porta,
sentimos a esperança.
Sentimos os picos;
sentimos os catos,
o veneno dos catos
do canteiro ao lado
da casa que não temos.
Ouvimos os passos
Revelação
Entretanto, escureceu.
Ia com as nuvens,
As nuvens e eu,
Escuras de breu!
Havia razões,
Profunda razão,
Nossos corações,
Alma em cada mão.
Fomos noite adentro,
Sem esperança no olhar,
Caminhando em frente,
Escuridão no ar.
Leia este tema completo a partir de 21/11/2011
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