Nossas árvores - Texto de Arlete Deretti Fernades
No dia 21 lembrei-me de homenagear as nossas amigas árvores.
Recordei-me do tempo em que estive na Escola Primária e que religiosamente neste dia cantávamos o Hino Nacional Brasileiro e o Hino à Arvore. A letra do mesmo permanece até hoje em minha memória: - «Cavemos a terra, plantemos nossa árvore, que amiga sincera ela aqui nos será...». As vozes das crianças ecoavam longe enquanto alguns alunos plantavam as mudinhas.
No dia 21 lembrei-me de homenagear as nossas amigas árvores.
Recordei-me do tempo em que estive na Escola Primária e que religiosamente neste dia cantávamos o Hino Nacional Brasileiro e o Hino à Arvore. A letra do mesmo permanece até hoje em minha memória: - «Cavemos a terra, plantemos nossa árvore, que amiga sincera ela aqui nos será...». As vozes das crianças ecoavam longe enquanto alguns alunos plantavam as mudinhas.
Naquela época os madereiros já compravam terrenos muito baratos de alguns colonos que não tinham noção da riqueza em madeiras que havia ali. Hoje, ocorre uma grande devastação de nossas matas, todos sabemos.
Lendo uma Revista sobre a influência da cultura alemã no Brasil, «Educação em Linha,» da UFRJ, encontrei um artigo valioso sobre a Conservação da Natureza, onde José Lutzemberger disse:
«Um dos maiores desastres da atualidade, que está na base de muitos outros desastres, é o fato de estar a maioria das pessoas, mesmo as que se dizem cultas e instruídas, totalmente desvinculadas espiritualmente da Natureza, alienadas do Mundo Vivo.
«Um dos maiores desastres da atualidade, que está na base de muitos outros desastres, é o fato de estar a maioria das pessoas, mesmo as que se dizem cultas e instruídas, totalmente desvinculadas espiritualmente da Natureza, alienadas do Mundo Vivo.
As pessoas nascem, se criam entre massas de concreto, caminham ou rodam sobre asfalto, as aventuras que experimentam lhes são proporcionadas pela TV ou vídeo.
Já não sabem o que é sentir orvalho no pé descalço, admirar de perto a maravilhosa estrutura de uma espiga de capim, observar intensamente o trabalho incrível de uma aranha tecendo sua teia. Capim, aliás, só bem tosadinho no gramado, de preferência quimicamente adubado! Se não estiver tosado, é feio! Na casa, a desinsetizadora mata até as simpáticas pequenas lagartixas, os gekos.»
Já não sabem o que é sentir orvalho no pé descalço, admirar de perto a maravilhosa estrutura de uma espiga de capim, observar intensamente o trabalho incrível de uma aranha tecendo sua teia. Capim, aliás, só bem tosadinho no gramado, de preferência quimicamente adubado! Se não estiver tosado, é feio! Na casa, a desinsetizadora mata até as simpáticas pequenas lagartixas, os gekos.»
Folha seca não é lixo
A luxuriante Hiléia, a floresta tropical úmida da Amazônia, floresce há milhões de anos sobre os solos que estão entre os mais pobres do mundo. Este fato intrigava muito cientista. O grande cientista alemão, explorador da Amazônia, Alexander Von Humboldt, ainda pensava que a floresta tão viçosa, alta e densa, era indicação de solo muito fértil. Como pode haver tanta vegetação, crescendo tão intensivamente, sobre solo praticamente desprovido de nutrientes?
O segredo é a reciclagem perfeita. Nada se perde, tudo é reaproveitado. A folha morta cai ao chão, é desmanchada por toda sorte de pequenos organismos, principalmente insetos, colêmbolos, centopéias, ácaros, moluscos e depois mineralizada por fungos e bactérias.
As raízes capilares das grandes árvores chegam a sair do solo e penetrar na camada de folhas mortas para reabsorver os nutrientes minerais liberados. Poucas semanas depois de caídos, os nutrientes estão de volta no topo, ajudando a fazer novas folhas, flores, frutos e sementes.
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