sábado, 29 de outubro de 2011

Bullying e Ciberbullying - Bullying e Ciberbullying e a realidade Portuguesa: Uma reflexão sobre o sistema Educacional Português - Por Virgínia Teixeira



Bullying e Ciberbullying - Bullying e Ciberbullying e a realidade Portuguesa: Uma reflexão sobre o sistema Educacional Português - Por Virgínia Teixeira

Nos últimos anos têm-se multiplicado os estudos científicos que focam as experiências de Bullying e Ciberbullying, o que representa sem dúvida uma forte contribuição para a melhor compreensão do fenómeno e consequente desenvolvimento de programas de prevenção e intervenção cada vez mais eficazes.

Sabe-se que as experiências de Bullying não são um fenómeno recente, nem apresentam mudanças significativas da forma como há já décadas atrás, as crianças se agrediam no recreio, ostracizavam e lançavam rumores maldosos umas sobre as outras.

Mas a atenção científica dada a estas experiências permitiu ter uma noção mais concreta da sua severidade, que Juvonen e Gross (2008) colocam nos 70% de indivíduos que afirmam ter tido experiências de bullying em algum momento da sua escolaridade. Este valor é, se não surpreendente, pelo menos desanimador, e indicativo do grande trabalho que há ainda a realizar.

Com o desenvolvimento das TIC surgiu ainda o Ciberbullying, que pode ser compreendido como as experiências de bullying que ocorrem com recurso a métodos de comunicação electrónica como o email, telemóvel, Messenger ou pela Internet.

E deste modo, os jovens que antes tinham somente o ambiente escolar como contexto de agressão ou vitimização, encontraram através destes meios de comunicação electrónica uma possibilidade de continuação da agressão/vitimização; ou mesmo o único meio em que a agressão parece possível.

Neste ultimo caso interessa remeter a uma das características fundamentais do bullying, definida por Olweus (1993) que ressaltou a importância da existência de um desequilíbrio de poder entre os intervenientes (agressor e vitima), o que justifica o facto de indivíduos que, não sendo superiores fisicamente, recorrem a meios de comunicação electrónica para realizar a agressão, quer em resposta às experiências de bullying que vivencia no contexto escolar; quer como meio único de agressão, visto que se têm verificado que a Internet permite desenvolver uma personalidade mais agressiva (Ybarra & Mitchell, 2004), possivelmente devido ao carácter de anonimato que apresenta, ou «online disinhibition effect».




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