sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Coluna de Manuel Fragata de Morais - MEMORIAS DA ILHA - CRONICAS - DE HOMENS, PORCOS E OVELHAS



Coluna de Manuel Fragata de Morais - MEMORIAS DA ILHA - CRONICAS  - DE HOMENS, PORCOS E OVELHAS
Não deixei de sorrir ao ler nas «Curiosidades» do Jornal de Angola, sobre a prisão de um homem por ter tido relações sexuais com um porco.
 Imaginem!
 
Tantas foram as questões que se me colocaram e a tal velocidade, que por fim já não sabia como chegar a uma conclusão.
Tentei ver os direitos do cidadão suinófilo, e verifiquei que cada um come do que gosta, ainda por cima se for carne de porco.
Tentei ser magnânimo e defender a honra violada do porco, pôr na balança o peso do seu predestino, indagando-me se não viria a sofrer muito mais no facão, chegada a altura.

Achei, portanto, que o porco, se tivesse visão, deveria ter mantido aquele relacionamento na clandestinidade e não ter nada de que se ter posto para ali aos gritos, sem o mínimo de pudor. Todos conhecemos quanto grita um suíno, ainda por cima norte-americano, bem alimentado, 56 quilos de alta e vitaminada ração, cientificamente preparada, e de fazer inveja, em termos de proteínas, à alimentação de muita criança mundo afora.

Se decidiu bater com a língua nos dentes e desatar a gritar exactamente no momento em que a mana do pacato Austin Gullette passava, dando a conhecer ao mundo aquele amor incompreendido e viril, o que esperava?



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