Recordar o Raizonline - Trabalhos de Números de Arquivo - Poesia de Pequenina - Gotas Salgadas; Caminhante Errante; Já não sou mais eu
Gotas Salgadas
A noite chora
Num lamento de dor
Mistura-se ao ruído do mar
Lágrimas caem…
Sobre a areia branca num apelo
Pés atados…
Sentimentos afundados
Mente estafada, alma acorrentada
Sinto-me só, presa ao nada
Solidão da madrugada
Inserida no meu pensamento
Que como o vento, ruge
Absorvendo-me a cada dia
Gargalhando com ironia
A fé perecida, a desesperança…
Gotas Salgadas
A noite chora
Num lamento de dor
Mistura-se ao ruído do mar
Lágrimas caem…
Sobre a areia branca num apelo
Pés atados…
Sentimentos afundados
Mente estafada, alma acorrentada
Sinto-me só, presa ao nada
Solidão da madrugada
Inserida no meu pensamento
Que como o vento, ruge
Absorvendo-me a cada dia
Gargalhando com ironia
A fé perecida, a desesperança…
Caminhante Errante
Mãos rudes, embrutecidas
Pés descalços, nas calçadas da vida
Pernas rígidas e endurecidas…
Trôpegas, mal resolvidas
Passadas curtas…
Inflexíveis, constrangidas
Cansado e humilhado, vai
Um vulto que declina, mas não cai…
Caminhante errante…
Vindo de um remoto passado
Já bem distante
Nasceu, sofreu e morreu…
Morreu em vida…
Limitado dos seus gestos
Sem protestos…
Com a lucidez corrompida
Já não sou mais eu
Já não sei onde ando
Se bem na terra ou no céu
No espaço, vivo ao léu
Contando as horas do tempo
Acampada por sobre as nuvens
Perdida no infinito
Não sou nada, sou o grito.
Trago a alma cravada
Carente e desamparada
Que aos poucos se declina
Sufocada pela neblina
Foi-se de mim, à menina
Já não mais me reconheço
À vida cobra o seu preço.
Deixem-me dormir
Leia este tema completo a partir de 31/10/2011
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