Jornal Raizonline nº 141 de 10 de Outubro de 2011 - COLUNA UM - Daniel Teixeira - Começar de novo
A internet tem possibilitado a expressão pública a milhões de pessoas. Este chavão, que até deu um prémio ou uma referência especial à YouTube, considerando-a como elemento determinante na aproximação entre povos - mais ou menos isto - é aquilo que é, de facto, um chavão .
Claro será que este termo «expressão pública» (e para o público em geral) deve ser visto sobretudo no sentido da negação da manifestação da expressão privada ou da ideia da difusão dessa mesma expressão em círculos restritos. Ou seja e por outras palavras, sugere-se que se mande para o «monte» internético aquilo que normalmente se mandava ou mostrava aos amigos, à família, etc. e depois, para estranheza lógica ficamos por vezes surpreendidos de não obter aquele feedback a que estávamos acostumados nesse meio restrito mas aproximado.
Claro será que este termo «expressão pública» (e para o público em geral) deve ser visto sobretudo no sentido da negação da manifestação da expressão privada ou da ideia da difusão dessa mesma expressão em círculos restritos. Ou seja e por outras palavras, sugere-se que se mande para o «monte» internético aquilo que normalmente se mandava ou mostrava aos amigos, à família, etc. e depois, para estranheza lógica ficamos por vezes surpreendidos de não obter aquele feedback a que estávamos acostumados nesse meio restrito mas aproximado.
Ora uma coisa e outra têm as suas vantagens mas não podem ter as vantagens todas: ou seja, e como se diz na linguagem comum, não se pode andar em dois automóveis ao mesmo tempo.
O que quero dizer é que o facto de existir esta potencialidade de se manifestar publicamente aquilo que se quer não quer dizer necessariamente que os resultados obtidos sejam precisamente aqueles ou que sequer estejam perto de números ou qualidades que se obtêm pelos outros métodos atrás referidos: o privado ou circulo próximo.
Levando um pouco mais ao fundo este nosso raciocínio haverá casos em que o facto de se expressar unicamente da forma pública as nossas ideias (ou objectivos) acaba por ter um impacto menor e uma resposta menor do que aquele que teria lugar nesse nosso circulo mais restrito.
Claro que se podem juntar as duas coisas: transmitir para o «grande público» e simultaneamente para o nosso mais pequeno público. Mas a experiência quase natural no nosso raciocínio simples e os cultores da cultura empresarial sabem-no também perfeitamente que existe a atracção quase fatal do enorme que acabará sempre por vencer a atracção do pequeno. Há também aquelas frases da sapiência popular que dizem sumariamente que «o grande vence sempre». Verdade ou outro chavão?
O que acontece quando se transmite para o nosso pequeno público, de uma forma geral, e quando se tem presente a ideia do «grande público» é que essa essa prática tem muitas vezes consigo a intenção subjacente de que se trata de uma fase intermédia, ou seja, e sendo mesmo porta voz de uma cruel realidade, não tardará muito que, sucesso obtido, se comece a descurar esse circulo restrito que serviu de trampolim. Verdade ou outro chavão?
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