O Dia das Crianças e a Nossa Responsabilidade. - Texto de Arlete Deretti Fernandes
Antes de tecer algumas considerações, gostaria de aqui deixar um poema de Djalma de Andrade, com o título: MEU FILHO
O meu filho, que é doce, que é inocente,
Quando comigo sai, luz que fascina,
Põe seus claros pezinhos, brandamente
Nas marcas dos meus pés na areia fina.
Quando comigo sai, luz que fascina,
Põe seus claros pezinhos, brandamente
Nas marcas dos meus pés na areia fina.
Ele segue-me os passos inconsciente,
Mas uma estranha angústia me domina,
E calcando os meus pés mais firmemente
Meu coração aos poucos se ilumina.
Mas uma estranha angústia me domina,
E calcando os meus pés mais firmemente
Meu coração aos poucos se ilumina.
Sem saber, tu me obrigas, filho amado
A procurar a rota mais segura
A ter firmeza em cada passo dado.
A procurar a rota mais segura
A ter firmeza em cada passo dado.
Nunca dirá – que horror n’alma me vai!
Que te perdeste numa estrada escura
Por seguires os passos de teu pai.
Que te perdeste numa estrada escura
Por seguires os passos de teu pai.
Na década de 1920, o Deputado Federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de instituir o Dia das Crianças. Os demais deputados aprovaram o projeto e o dia 12 de outubro foi oficializado como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes, em 5 de novembro de 1924.
Trinta e seis anos após este decreto, em 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a «Semana do Bebê Robusto» e aumentar suas vendas, é que a data passou a ser comemorada. A estratégia deu certo, pois desde então o Dia da Criança é comemorado com muitos presentes!
Seguindo a «idéia genial», outras empresas decidiram criar a Semana da Criança, para aumentar as vendas!. No ano seguinte, os fabricantes de brinquedos decidiram escolher um único dia para a promoção e fizeram ressurgir o antigo decreto.
A partir daí, o dia 12 de outubro se tornou uma data importante para o setor de brinquedos.
Lamentável que as datas comemorativas sejam associadas somente ao comércio e à compra de presentes.
Crianças são anjos
Quando observamos a ternura que transparece num olhar de criança, sentimos o que ali há de anjo, de pureza e de inocência.
Lamentável que as datas comemorativas sejam associadas somente ao comércio e à compra de presentes.
Crianças são anjos
Quando observamos a ternura que transparece num olhar de criança, sentimos o que ali há de anjo, de pureza e de inocência.
A nós, adultos, pais, padrinhos, professores, tios e amigos, cabe-nos uma responsabilidade ética na condução destes pequenos seres. Na transmissão de valores e de conceitos.
Se observamos que há desamor, intolerância e outras atitudes que nos descontentam, precisamos perguntar «O que estamos fazendo para mudar»?
Se observamos que há desamor, intolerância e outras atitudes que nos descontentam, precisamos perguntar «O que estamos fazendo para mudar»?
Vemos nos noticiários, diariamente, na sociedade mundial, adultos, jovens e crianças apelando para a violência mais cruel.
Pecotche ensina que «a mente da criança é terra virgem e fértil». Até a idade de 7 anos, tudo é assimilado, as sementes que aí caem florescem e crescem. A criança também não é uma folha em branco, como dizia Rousseau. Ela traz em si uma herança gravada.
Na formação que nós adultos oferecemos à criança, certas atitudes firmes são essenciais. Enquanto os pais saem de casa para o trabalho, mentes inocentes ficam a ver todo o tipo de filmes e jogos com cenas de violência e impróprios para a idade.
As crianças tem uma esperteza muito maior do que imaginamos. Desde muito cedo elas captam e compreendem muito do que escutam e do que se passa à sua volta.
Tenho um amigo que levou um grande susto. Chegou em casa do trabalho e ficou a ver um filme na TV., com o filhote de 2 anos ao seu lado brincando. Quando no filme surgiram tiroteios com mortes, o pequeno ficou de pé e disse:
-«traz um revolver, pai, que eu também quero matar».
Naquele momento o pai saiu dali e passou a agir diferente.
Tenho um amigo que levou um grande susto. Chegou em casa do trabalho e ficou a ver um filme na TV., com o filhote de 2 anos ao seu lado brincando. Quando no filme surgiram tiroteios com mortes, o pequeno ficou de pé e disse:
-«traz um revolver, pai, que eu também quero matar».
Naquele momento o pai saiu dali e passou a agir diferente.
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