Fundação Logosófica – Em Prol da Superação Humana - São Paulo - O poder dos estímulos - (Carlos Bernardo González Pecotche – RAUMSOL)
Nada gravita mais sobre a vida do ser do que o estímulo, e nada se mostra mais esquivo às pretensões humanas.
O homem anda, por assim dizer, às tontas pelo mundo, como a nave que sulca os mares sem direção, como as nuvens que vagam pelo espaço. Salvo raras exceções, passa seus dias imerso na maior desorientação. é visto constantemente a se queixar de sua sorte, deprimido e até enfastiado com as diversões.
Poderíamos dizer que ele não encontra na vida justificativa para sua existência. E se por momentos algo satisfaz seu espírito, saturando-o de felicidade, isso é só um instante em relação à distância que medeia entre o princípio e o fim de sua vida.
O desconhecido o atrai, uma vez que tudo é mistério para ele. Seu conhecimento é ínfimo, se comparado com toda a Sabedoria que o rodeia e que, por sua limitação, não percebe; inconscientemente, porém, experimenta uma necessidade íntima de penetrar e descobrir, para tranqüilidade própria, tudo aquilo que seu entendimento não discerne, que nem sua razão nem sua inteligência podem julgar, e que por um desígnio natural excita e fustiga constantemente sua natureza, convidando-a a participar da vida universal que flui de toda a Criação; a essa vida o homem permanece alheio, desconhecendo-a e até menosprezando-a em sua total intemperança, como uma prova cabal e irrefutável de sua inconsciência.
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