VESPERAS DE NATAL - Conto Infantil de Cremilde Vieira da Cruz - Avómi
Aproximava-se o Natal e havia grande reboliço na Escola. Os meninos conversavam, diziam quais os presentes que gostariam de receber e trocavam impressões sobre a forma como haviam de dirigir as cartas ao Pai - Natal.
O Pedrinho não fazia parte do grupo e estava sossegado e triste, sentado num banco na outra extremidade do recreio. O Paulo, um dos meninos do grupo, apercebeu-se da ausência do Pedrinho, olhou em redor e quando o descobriu, chamou-o. Ele dirigiu-se aos companheiros, olhos postos no chão e muito pesaroso.
- Então Pedrinho, que se passa contigo? - Perguntou o Marco - Estás triste? Não gosto de te ver assim! Estávamos aqui a decidir o que havemos de pedir ao Pai - Natal. Temos que escrever as cartinhas em papel bem bonito, com letra bem feitinha, para Ele ficar contente.
- Porque choras, Pedrinho? - Perguntou o José - Vá, responde! Estás doente? Não costumas estar assim e estamos a ficar preocupados contigo! Queres que digamos à Senhora Professora para telefonar à tua mãe? Se estás a sentir-te doente, terás que ir ao médico!
- Não, não, não estou doente. Estou triste, porque não gosto do Natal.
- Não gostas do Natal?!... - Perguntaram em coro, muito admirados.
- Não. Não gosto do Natal.
- Mas porquê? - Perguntou o Elias - Toda a gente gosta do Natal, é estranho tu não gostares!
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