POESIA DE PATRICIA NEME - Enfim; Silêncio...; Por favor...
Enfim
De tanto amar, perdi-me no caminho,
desfiz minh'alma... E me esqueci de mim.
E fui morrendo, aos poucos, 'vagarzinho...
Ao sonho, ao verso... A tudo pus um fim.
De tanto amar... Quis ter, no fel, o vinho;
ousei ver arte em reles folhetim.
Julguei ser canto, o mero murmurinho...
Quis, no espinheiro, o suave do jasmim.
Silêncio...
Serena, dor, serena teu lamento,
as flores não verão a primavera.
A terra é morta... Já não tem alento...
Morreu pela tristeza que há na espera.
Serena, dor, abafa o teu tormento...
Não vês? A jura foi vã, insincera...
Entrega-te ao torpor do esquecimento;
e entende: o amor é só tola quimera.
Por favor...
Ano que finda, que fiquem contigo,
tristeza, pranto... Rastros do sofrer.
A ausência amarga de quem me é amigo,
que foi pra longe, pra não mais volver.
Guarda também esse vazio antigo...
Que consumiu com todo o meu querer,
e me deixou em eternal castigo:
Leia este tema completo a partir de 23/1/2012
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