Por uma Mendicância Sustentável - Marcelo Sguassábia
Por uma Mendicância Sustentável
Dá para contar nos dedos de uma mão os casos de pedintes autônomos que conseguem fazer da mendicância uma atividade honrada e rentável. Computadas as despesas operacionais, quando muito o negócio se paga, o que emparelha nosso segmento com a pesca ou a agricultura de subsistência, por exemplo. Nunca estivemos tão longe de posicioná-lo como um foco de empreendedorismo e de atração de investidores.
Em meio a tantas dificuldades inerentes ao ofício, destacamos a chamada «mendicância sustentável» - que pressupõe um mínimo impacto ao meio ambiente e a utilização mais racional possível dos recursos disponíveis, o que resulta em ganho de imagem institucional, legitimidade da nossa função perante a opinião pública e maior valor agregado a cada real obtido nas esquinas e semáforos.
Alguns expedientes práticos são plenamente aplicáveis, de imediato, aos grandes grupos mendicantes da iniciativa privada, de controle nacional e multinacional, bem como às cooperativas de mendigos espalhadas por todo o território brasileiro - ressaltando que estas últimas vêm experimentando um crescimento da ordem de 14% ao ano nas últimas décadas, em termos de receita bruta tributável. Dentre as principais providências, podemos elencar:
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