domingo, 15 de janeiro de 2012

Poesia de Albertino Galvão - Tu…; Foge das «sombras» mulher…



Poesia de Albertino Galvão - Tu…; Foge das «sombras» mulher…

 
Tu…

Tu…
Mendigo que passas
 No silêncio da calçada…
Que à noite pelas vielas
 Mastigas restos e ais
 E em noites de lua cheia
 Te masturbas junto ao cais…
és meu irmão!

Tu…
Prostituta frustrada
 Que vãs ilusões abraças…
Que te entregas à luxúria
 Em tarimbas de amargura
 E vomitas as mistelas
 Bebidas em parca ceia…
és minha irmã!

Foge das «sombras» mulher…

Dedicado às jovens mulheres que, por motivos muitas vezes alheios à sua vontade, caem na prostituição.

Quais aves agouras de negra plumagem
 Do negro da vida as sombras chegaram;
 Beberam a seiva da tua coragem
 Comeram-te o riso e em ti se alojaram
 Roubaram-te dos olhos o brilho e a cor
 Da pele a textura suave e macia;
 Dos lábios o gosto a que sabe o amor
 Dos seios o viço que neles havia

Leia este tema completo a partir de 16/1/2012

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