domingo, 8 de janeiro de 2012

Jornal Raizonline nº 153 de 9 de Janeiro de 2012 - COLUNA UM - Daniel Teixeira - Saberemos nós tudo sobre o futuro?



Jornal Raizonline nº 153 de 9 de Janeiro de 2012 - COLUNA UM - Daniel Teixeira -  Saberemos nós tudo sobre o futuro?

Compete dizer desde logo que Kant lá pelo Sec. XVIII (e antes dele o Laplace) dizia aquilo que é perfeitamente evidente: tivéssemos nós uma inteligência tão potente que conseguisse abarcar todo o passado, fazer no presente a análise certeira deste e projectar a sua soma para o futuro e nada haveria de surpreendente nos dias e anos que se seguem.

Claro será que essa inteligência não existe (dizem os crentes que todo esse departamento do conhecimento absoluto é exclusivo de Deus) mas mesmo assim convém também dizer que é praticamente impossível também gerir a diversidade do universo e das pessoas que por cá e lá andam (se houver de facto extra-terrestres, daqueles normalmente convencionados como tendo a cor verde ou uma multiplicidade de tentáculos).

Na verdade gerir esta coisa é realmente trabalho para vários exércitos de executivos devidamente formados em escolas cuja terminação «Superior» teria mesmo de ser de facto superior e mesmo assim a mente mais racional chegará fácil à conclusão que sendo o ser humano (deixemos os extra-terrestres na redoma por agora) tão complexo e o próprio universo tão surpreendente nas suas acções e reacções que uma parte substancial do pretendido (o controle total) nunca seria alcançado.

Portanto, esta introdução esclarece desde logo aquilo que pretendo afirmar e que é também, se não racional, pelo menos lógico ou encaixável dentro de lógicas tortuosas ou lineares limitativas. Não temos mesmo possibilidade de conhecer o futuro (o que é uma pena, de facto) por isso deitamo-nos a adivinhar.

Ora adivinhar ou tentar adivinhar é um excelente exercício neuronal: digamos que cada um dos nossos neurónios acompanhados ou não em grupinhos por especialidade ou função fazem assim como os atletas de alta competição, ultrapassando-os mesmo; correm, saltam, fazem braçada ou mariposa, «malham» como dizem os brasileiros, etc. Como gostava de saber como foi descoberto este termo do malhar e não sei como ponho-me a pensar / adivinhar que ele terá vindo de «malhar o ferro». Certo ou errado, fiz exercício...


 

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