domingo, 22 de janeiro de 2012

Poesia de Xavier Zarco - [O cinzel do instante] ; [Nunca a palavra será árvore]; [No teu olhar, trazias o vento e as marés] ; [no teu olhar]



Poesia de Xavier Zarco - [O cinzel do instante] ; [Nunca a palavra será árvore]; [No teu olhar, trazias o vento e as marés] ; [no teu olhar]
 
 [O cinzel do instante]
 O cinzel do instante
 desliza por sobre a colina
 onde a cidade se derrama
 como se encostasse
 a cabeça
 no travesseiro das rochas

[Nunca a palavra será árvore]
 Nunca a palavra será árvore
 desnuda e desprovida de vida. A
 palavra é fruto gerado
 e gerador. Marco geodésico.
 Cordão umbilical.

[No teu olhar, trazias o vento e as marés]
 No teu olhar, trazias o vento e as marés
 e a exacta cadência lunar,
 exposto brilho em movimento
 eterno e terno que acaricia
 a quente face do areal
 onde o vazio preenche a ausência
 em que outrora um batel pronunciava
 sede e fome de mar e de infinito.

[no teu olhar]
no teu olhar
 se decifra
 a corola

Leia este tema completo a partir de 23/1/2012

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