Poesia e Texto de Marcos Loures - a lua que te trouxe; (Poema) OLHOS AZUIS (Texto).
Marcos Loures
Marcos Loures
a lua que te trouxe
Não vejo mais a lua que te trouxe
Nem mesmo a mansidão deste meu céu.
Pedindo tão somente que não fosse
Tirar deste espetáculo seu véu...
Não vejo mais a lua que te trouxe
Nem mesmo a mansidão deste meu céu.
Pedindo tão somente que não fosse
Tirar deste espetáculo seu véu...
Saudades de quem fora mais gentil
E sempre me dissera ser feliz.
As cores que emolduras, num abril,
Roubando deste amor todo matiz.
E sempre me dissera ser feliz.
As cores que emolduras, num abril,
Roubando deste amor todo matiz.
Marcos Loures
OLHOS AZUIS.
Acordara cedo, como sempre fazia desde há muito tempo, criado sozinho; desde os tempos mais pueris da vida fora obrigado a trabalhar; primeiro com os tios na roça, depois com o mesmo patrão que tinha sido do pai, falecido no início dos primeiros passos, lembranças esquecidas dentro de uma gaveta qualquer, há muito fechada.
Olhou para o corpo estendido na cama, corpo de belas formas, da morena bonita que conhecera e logo se apaixonara; casamento de 10 anos, quatro filhos e poucas alegrias.
Reparou bem no despertador, 5 horas, como sempre, mesmo nas férias não conseguia acordar mais tarde, escravo de uma rotina cruel...
Naquele momento pensou na noite anterior, noite longa e estranha, cheia de fantasmas e pesadelos, o que ultimamente se tornara costumeiro, quase diário, gritos e tumulto de gente correndo, coisa estranha...
Pacato desde menino, «incapaz de fazer mal a uma mosca», segundo comentava o tio; tio que fora pai, num ato de amor sem cobranças, amor verdadeiro.
Sem comentários:
Enviar um comentário