O Príncipe de Ofiúco - Novela de Arlete Piedade
Prefácio -
Prefácio -
O Sol atravessa a constelação de Ofiúco entre as datas de 30 de Novembro a 17 de Dezembro, pelo que os modernos astrólogos consideram que as pessoas nascidas entre essas datas, não pertencem ao signo de Sagitário, mas sim ao signo Ofiúco, que na verdade não é reconhecido pela astrologia tradicional.
A constelação é representada por um homem forte, segurando uma serpente, controlando a sua força, e é associado á figura do pai da medicina, ás artes de cura e do conhecimento.
Recentemente a NASA descobriu que nessa altura do ano, o nosso planeta atravessa na sua marcha anual, um setor da galáxia onde se nota a influência de uma estranha nuvem cósmica gelada.
A partir destes dados, nasceu a ideia deste conto fantástico, dividido em doze capítulos.
I Capítulo – A Mensagem
A nave esguia e longa eriçada de antenas mal percetíveis, vogava velozmente através da extensa nuvem cósmica formada por cristais gelados de metano, que atravessava aquela extensão da galáxia, onde vários sistemas solares habitados tinham a sua morada.
I Capítulo – A Mensagem
A nave esguia e longa eriçada de antenas mal percetíveis, vogava velozmente através da extensa nuvem cósmica formada por cristais gelados de metano, que atravessava aquela extensão da galáxia, onde vários sistemas solares habitados tinham a sua morada.
Se pudesse ser vista por olhos de seres vivos naquela negra imensidão, iria parecer apenas mais um longo cristal de gelo que cintilava por vezes com o brilho de alguma estrela distante.
Dentro da nave, o seu único ocupante mantinha-se a flutuar, junto aos visores multicoloridos que ocupavam quase todo o espaço, exceto o nicho onde descansava por vezes o seu corpo cansado e solitário.
Era alto e forte, tinha membros longos e musculados, a sua pele era clara e os seus cabelos castanhos quase louros, caíam sobre os ombros largos e por vezes sobre os seus olhos azuis-claros como dois pedaços de gelo.
Quando isso acontecia, afastava a sua cabeleira rebelde, com movimentos displicentes da sua mão esguia e forte, como fazia naquele momento, para verificar mais uma vez as informações prestadas pelos monitores coloridos, que continuavam todos dentro das informações consideradas normais naquele segmento do espaço.
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