domingo, 25 de setembro de 2011

Jornal Raizonline nº 139 de 26 de Setembro de 2011 - COLUNA UM - Daniel Teixeira - A memória esse bem «natural»



Jornal Raizonline nº 139 de 26 de Setembro de 2011 - COLUNA UM - Daniel Teixeira - A memória esse bem «natural»

Memórias, sim, sempre memórias e sempre memória. Embora neste último dia 21 se tenha assinalado o dia da doença de Alzheimer, (Ver artigo aqui) doença esta que se define essencialmente pela ausência de memória ou por falhas nela, o certo é que compreendemos também por isso melhor aqueles que infelizmente não podem usufruir desta nossa aptidão que infelizmente utilizamos por vezes de forma indevida ou não damos à mesma o tratamento de honra que ela merece.
As memórias como quase todas as coisas podem dividir-se em memórias boas e más memórias (o bem e o mal estão sempre presentes). Algumas destas, as últimas, as más, são para esquecer ou para ignorar, dizemos nós quase sempre. Para pensar desgraças basta-nos o presente, também dizemos. No entanto existe um capital grande de aprendizagem de vida que está também contida nas nossas memórias sejam elas boas ou más. Há até quem diga que se aprende mais com os erros (ou más memórias) do que propriamente com as certezas (as boas memórias).
As coisas não são bem assim, como será claro: as boas memórias ensinam tanto como as más memórias. No nosso jornal e na nossa rádio, embora por vezes isso não seja muito evidente numa primeira leitura, trabalhamos essencialmente com a memória, com o conhecimento adquirido, com aquilo que se sabe e com aquilo que se vai sabendo de novo: vamos criando nova memória ou coisas que podem ou não ficar nas memórias. Um risco sempre a criação...existe sempre o risco, de ficarmos ou não na memória.
Como exemplo e porque vem a talhe de foice, o Fernando Pessoa, com o seu Poema (longo e muito organizadinho) a Mensagem ficou em 2º lugar no Concurso a que concorreu e ficou na memória: o concorrente que ganhou o prémio, que ficou em primeiro  lugar não ficou na memória. Para se saber quem ele foi é preciso procurar bem e para saber o que ele escreveu provavelmente nem se consegue.



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