A dificuldade de lidar com inundações é normal ou resultado da Falta de Estrutura? - Por Arlete Deretti Fernandes
«VERDE VALE», é o título de um livro escrito pela escritora catarinense Urda Klueger. «NO TEMPO DAS TANGERINAS», é outro livro da mesma autora, em regionalismo alemão, tendo como fundo o verde vale do imponente Rio Itajaí-Açu. Estes títulos em si já traduzem algumas coisas.
A região do Vale do Itajaí é propícia a enchentes, devido à sua estreita relação com o rio. é uma região complexa pois próximo à nascente já se juntam dois rios, o Itajaí do Oeste e o Itajaí do Sul. As cidades de Taió e Ituporanga tem duas barragens, o canal é muito estreito e toda a cidade foi construída ao redor do rio e sobre terrenos inundáveis.
A colonização do vale do Itajaí desde o seu início em 1850 teve estreita relação com o Itajaí-Açu, pelo transporte de cargas e passageiros, sendo fundadas as cidades em suas margens, onde desenvolviam a agricultura .
Entre 1850 e 2002 houve 68 enchentes, das quais 11 até 1900, 20 nos 50 anos subseqüentes e 38 nos últimos 50 anos. A primeira grande enchente de Blumenau aconteceu em 1895. ( DC de 12-09-2011).
A Bacia do Itajaí-Açu é a maior de Santa Catarina, banhando seus afluentes várias cidades.
No alto Vale, Rio do Sul, Ituporanga, Rio do Oeste, Laurentino, Presidente Getúlio, Ibirama, Agronômica, Agrolândia e Alfredo Wagner foram as mais atingidas.
O Itajaí-Açu deságua no Atlântico, em Itajaí. Quando sobe a maré, junto às águas da enchente, não há vazão, inundando as cidades de Gaspar, Ilhota, Itajaí, Navegantes e Luis Alves.
Blumenau, no Médio Vale, é a maior cidade da região, com cerca de 300 mil habitantes. Como as demais cidades situa-se à margem do rio e sofre os transbordamentos. A cidade de Brusque é inundada quando transborda o Rio Itajaí Mirim.
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