sexta-feira, 9 de setembro de 2011

POESIA DE JOEL LIRA - Não venhas ter comigo...; A criança vive!; Engrenagem



POESIA DE JOEL LIRA - Não venhas ter comigo...; A criança vive!; Engrenagem

Não venhas ter comigo...


Neste fim de semana peço-te: Não venhas.
Não venhas ter comigo, eu não estou por cá.
Vou ao hospital ver alguém. Aqui não me apanhas.
Levo uma rosa ao paciente que está lá!
Ainda se tiver tempo, na volta, irei,
Visitar alguém silenciado numa prisão.
Levo comigo um gesto, uma palavra, pão,
E a fé de o ver cá fora lhe desejarei!

A criança vive!
Já não chove lá fora. A chuva parou
Aos olhos desta criança que ainda sou.
Do céu caíram rosas que alguém enviou
De uma nuvem que a minha mão amparou!
Já não batem à porta e me pedem licença,
Nem suavemente como quem chama por mim…
Entram! Tenho a porta aberta desde nascença.
E na minha mansão há um lugar no jardim!

Engrenagem
Esta minha máquina não pára!...
Avança, avança e não se cansa
Por muito que eu queira, não sou capaz!
( Bicho de carpinteiro é mesmo bicho… )
Por que será que não pára?
Será…
Por ter olhos, ouvidos,
Pernas, braços, boca e coração?!
Talvez sim. Talvez não.
Contudo,


Leia este tema completo a partir de 12/9/2011

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