Fundação Logosófica – Em Prol da Superação Humana - São Paulo - Conceito logosófico de «vontade» - (Carlos Bernardo González Pecotche – RAUMSOL)
A palavra vontade é uma das mais utilizadas para exprimir a conduta que cada um adota diante dos problemas que se lhe apresentam ou das circunstâncias que, num sentido ou noutro, o levam a agir. Esta palavra é também a que goza, por assim dizer, de um raro prestígio no léxico da moral corrente; entretanto, quantos são os que realmente possuem vontade e governam por si mesmos sua vida física e espiritual?
A palavra vontade é uma das mais utilizadas para exprimir a conduta que cada um adota diante dos problemas que se lhe apresentam ou das circunstâncias que, num sentido ou noutro, o levam a agir. Esta palavra é também a que goza, por assim dizer, de um raro prestígio no léxico da moral corrente; entretanto, quantos são os que realmente possuem vontade e governam por si mesmos sua vida física e espiritual?
Quem não conheça como atuam os pensamentos e não saiba diferenciar os alheios dos próprios não poderá, a nosso juízo, alegar que é dono de si mesmo e, por conseguinte, de sua vontade, já que o governo de sua mente será sempre compartilhado – e não iríamos muito longe se disséssemos que totalmente exercido, em alguns casos – por pensamentos que não são seus.
Para ser efetivamente dono da vontade, é necessário primeiro ser dono da própria mente. O exemplo mais claro que se pode apresentar a esse respeito é o de uma casa com seus moradores e com os que a freqüentam, parentes, amigos, etc. O dono da casa é quem permite a entrada e a permanência destes, e cuida para que nela reinem o bem-estar e a harmonia. De modo algum admitiria que qualquer recém-chegado tomasse a batuta e dispusesse segundo seu capricho os lugares, móveis, valores, etc., nela existentes. Como se vê, na vida corrente ninguém toleraria uma situação semelhante; entretanto, no que concerne à sua «casa mental», quase todos a toleram, e até com certa complacência.
Muitos vivem submetidos a verdadeiras tiranias impostas por sugestões derivadas do ambiente, confundindo os ditames de qualquer um desses hóspedes (pensamentos alheios), quase sempre indesejáveis, com atuações provenientes de uma vontade cuja firmeza apregoam com ênfase a cada passo. As vezes, essas tiranias provêm do «que os outros vão dizer», terrível bloqueio moral que oprime o livre - arbítrio no sentido da responsabilidade individual.
A vontade que é o oposto da falta de vontade, é uma das indicações que mais adverte esse grande pensador humanista.
ResponderEliminarA advertência onde ele chama de inércia mental a que devemos ficar muito atendo, para não deixar nossas vidas a mercê do acaso e das circunstância.
O mais impressionante foi descobrir que a falta de vontade é uma deficiência psicológica.
Mais sobre esse assunto, tem no livro do mesmo autor, Deficiências e propensões do Ser Humano.