Poesia de Jorge Simões - Filosofundo; Canção do Desterrado; Transbordancial
Filosofundo
Filosofar, filosofar sonhos dentro, até acordar
Ao som real (se não genial) do despertador
A rastejar, rastejar vida fora, até cabecear
E outra vez filosofar o que calhar sob o cobertor
Não é que a dor se apague com a luz da cabeceira
Canção do Desterrado
Canta o desterrado algures, nalgum mapa
O canto sufocado da vida que lhe escapa
Entre rachas, raivas e entre rotas tortas
Dos dias compridos das fechadas portas
Bússolas, sextantes, réguas, nada usa
Transbordancial
Primadonafrase minha dona primavera
Primitiva vera prima toda doce como Eva
Minha fruta sumarenta minha ideia primeva
Flor de primo choro morno derramado em cada era
Como a hera que arrebata em si signos sons sinais
Sempre verdes sempre tenros sempre ternos sempre iguais
Leia este tema completo a partir de 3/10/2011
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