domingo, 4 de dezembro de 2011

Poesia de Virgínia Teixeira - Tu és a cotovia!; Eu sou a que procura mas jamais encontra; A saudade nunca deixa de latejar



Poesia de Virgínia Teixeira - Tu és a cotovia!; Eu sou a que procura mas jamais encontra; A saudade nunca deixa de latejar 

 
 Tu és a cotovia!
 
«Tu és a cotovia!», afirma no meu sonho o espectro vagante
«Tu és a cotovia!», sussurra quando coloca a mão no meu ombro cansado,
«Tu és a cotovia!», murmura enquanto me fita o olhar desesperado,
«Tu és a cotovia!», grita o espectro com um tom ressonante.
«Tu és a cotovia!», ouço todo o dia na minha alma tão agitada
«Tu és a cotovia!» , e o espectro persegue-me com a sua voz calmante
«Tu és a cotovia!», e sinto que é uma mensagem sagrada
«Tu és a cotovia!», e não resisto a acreditar no seu significado inquietante

Eu sou a que procura mas jamais encontra
 
 Eu sou a que procura mas jamais encontra
 Aquela que sonha mas não realiza a quimera
 Eu sou a que corajosamente luta contra
 Sem sequer recordar o que tanto quisera…
Eu sou a que almeja mas jamais consegue alcançar…
A que acredita ser Mais mas não encontra o caminho
 Eu sou a que ama mas a quem ninguém é capaz de amar…
Eu sou o espírito que uiva sozinho

A saudade nunca deixa de latejar
 
 A saudade nunca deixa de latejar
 No peito cansado da guerreira
 A saudade nunca deixa de angustiar
 O coração já gasto da mulher
A saudade nunca deixa de insistir
Nas pernas acorrentadas da prisioneira
 A saudade nunca deixa de ferir
 Os olhos acostumados com a escuridão da menina

Leia este tema completo a partir de 5/12/2011

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