Poesia de Virgínia Teixeira - Tu és a cotovia!; Eu sou a que procura mas jamais encontra; A saudade nunca deixa de latejar
Tu és a cotovia!
«Tu és a cotovia!», afirma no meu sonho o espectro vagante
«Tu és a cotovia!», sussurra quando coloca a mão no meu ombro cansado,
«Tu és a cotovia!», murmura enquanto me fita o olhar desesperado,
«Tu és a cotovia!», grita o espectro com um tom ressonante.
«Tu és a cotovia!», ouço todo o dia na minha alma tão agitada
«Tu és a cotovia!» , e o espectro persegue-me com a sua voz calmante
«Tu és a cotovia!», e sinto que é uma mensagem sagrada
«Tu és a cotovia!», e não resisto a acreditar no seu significado inquietante
Eu sou a que procura mas jamais encontra
Eu sou a que procura mas jamais encontra
Aquela que sonha mas não realiza a quimera
Eu sou a que corajosamente luta contra
Sem sequer recordar o que tanto quisera…
Eu sou a que almeja mas jamais consegue alcançar…
A que acredita ser Mais mas não encontra o caminho
Eu sou a que ama mas a quem ninguém é capaz de amar…
Eu sou o espírito que uiva sozinho
A saudade nunca deixa de latejar
A saudade nunca deixa de latejar
No peito cansado da guerreira
A saudade nunca deixa de angustiar
O coração já gasto da mulher
A saudade nunca deixa de insistir
Nas pernas acorrentadas da prisioneira
A saudade nunca deixa de ferir
Os olhos acostumados com a escuridão da menina
Leia este tema completo a partir de 5/12/2011
Sem comentários:
Enviar um comentário