sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Poemas de Natal - O Natal de Cristo - Almeida Garrett



Poemas de Natal - O Natal de Cristo - Almeida Garrett

 

Verbe incréé, source féconde
 De justice et de liberté!
 Parole qui guéris le monde,
 Rayon vivant de vérité!

Delamartine, Harm.



I.

O César disse do alto do seu trono:
 «Pereça a liberdade!
 Quero contar os homens que há na terra,
 Que é a minha humanidade.»
 E, cabeça a cabeça, como reses,
 As gentes são contadas.
 Pro-cônsules e reis fazem resenha
 Das escravas manadas,
 Para mandar a seu senhor de todos
 Que, um pé na águia romana,
 Com o outro oprime o mundo. A isto chegará
 A vil progénie humana.

II.

E era noite em Belém, cidade ilustre
 Da vencida Judeia
 Que a domada cabeça já não cinge
 Com a palma idumeia:
 Dois aflitos e pobres peregrinos
 Cansados vêm chegando
 Aos tristes muros, a cumprir do César
 O imperioso bando...
 Tarde chegaram; já não há poisadas.
 Que importa que eles venham
 Da estirpe de Jessé, e o sangue régio
 Em suas veias tenham?
 Na geral servidão só uma avulta
 Distinção - a riqueza;


Leia este tema completo a partir de 19/12/2011

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