Poemas de Natal - O Natal de Cristo - Almeida Garrett
Verbe incréé, source féconde
De justice et de liberté!
Parole qui guéris le monde,
Rayon vivant de vérité!
Delamartine, Harm.
I.
O César disse do alto do seu trono:
«Pereça a liberdade!
Quero contar os homens que há na terra,
Que é a minha humanidade.»
E, cabeça a cabeça, como reses,
As gentes são contadas.
Pro-cônsules e reis fazem resenha
Das escravas manadas,
Para mandar a seu senhor de todos
Que, um pé na águia romana,
Com o outro oprime o mundo. A isto chegará
A vil progénie humana.
II.
E era noite em Belém, cidade ilustre
Da vencida Judeia
Que a domada cabeça já não cinge
Com a palma idumeia:
Dois aflitos e pobres peregrinos
Cansados vêm chegando
Aos tristes muros, a cumprir do César
O imperioso bando...
Tarde chegaram; já não há poisadas.
Que importa que eles venham
Da estirpe de Jessé, e o sangue régio
Em suas veias tenham?
Na geral servidão só uma avulta
Distinção - a riqueza;
Leia este tema completo a partir de 19/12/2011
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