sábado, 17 de dezembro de 2011

Poesia de Natal - David Mourão Ferreira - Natal, e não Dezembro ; Prelúdio de Natal



Poesia de Natal - David Mourão Ferreira - Natal, e não Dezembro ; Prelúdio de Natal
 
 Natal, e não Dezembro
 
 Entremos, apressados, friorentos,
 numa gruta, no bojo de um navio,
 num presépio, num prédio, num presídio
 no prédio que amanhã for demolido...
 Entremos, inseguros, mas entremos.
 Entremos e depressa, em qualquer sítio,
 porque esta noite chama-se Dezembro,
 porque sofremos, porque temos frio.
 Entremos, dois a dois: somos duzentos,
 duzentos mil, doze milhões de nada.
 Procuremos o rastro de uma casa,

Prelúdio de Natal
 
 Tudo principiava
 pela cúmplice neblina
 que vinha perfumada
 de lenha e tangerinas
 Só depois se rasgava
 a primeira cortina
 E dispersa e dourada
 no palco das vitrinas
 a festa começava
 entre odor a resina
 e gosto a noz-moscada
 e vozes femininas

Leia este tema completo a partir de 19/12/2011

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