sábado, 17 de dezembro de 2011

Poesia de Natal - NATAL - Manuel Alegre; Natal - Manuel Maria Barbosa du Bocage; NATAL CHIQUE - Vitorino Nemésio

Poesia de Natal - NATAL - Manuel Alegre; Natal - Manuel Maria Barbosa du Bocage; NATAL CHIQUE - Vitorino Nemésio



NATAL
 
 Acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia.
 Era gente a correr pela música acima.
 Uma onda uma festa. Palavras a saltar.
 Eram carpas ou mãos. Um soluço uma rima.
 Guitarras guitarras. Ou talvez mar.
 E acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia.
 Na tua boca. No teu rosto. No teu corpo acontecia.
 No teu ritmo nos teus ritos.
 No teu sono nos teus gestos. (Liturgia liturgia).
 Nos teus gritos. Nos teus olhos quase aflitos.
 E nos silêncios infinitos. Na tua noite e no teu dia.
 No teu sol acontecia.



Natal

 Se considero o triste abatimento
 Em que me faz jazer minha desgraça,
 A desesperação me despedaça,
 No mesmo instante, o frágil sofrimento.
 Mas súbito me diz o pensamento,
 Para aplacar-me a dor que me traspassa,
 Que Este que trouxe ao mundo a Lei da Graça,
 Teve num vil presepe o nascimento.



NATAL CHIQUE
 
 Percorro o dia, que esmorece
 Nas ruas cheias de rumor;
 Minha alma vã desaparece
 Na muita pressa e pouco amor.
 Hoje é Natal. Comprei um anjo,
 Dos que anunciam no jornal;
 Mas houve um etéreo desarranjo
 E o efeito em casa saiu mal.

Leia este tema completo a partir de 19/12/2011

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