Lamentações de um pé de Alface - Por Marcelo Sguassábia
Parem, reflitam e vejam se tenho ou não tenho razão. Vergonhosamente lamentável é a forma com que nos arrancam de nossa terra, onde a tanto custo fincamos nossas raízes e deveríamos viver felizes para sempre. Quem nos remove de nosso solo é tão assassino quanto os pecuaristas e açougueiros, que tanta indignação e repulsa despertam na sociedade civilizada pelas atrocidades cometidas nos matadouros.
Parem, reflitam e vejam se tenho ou não tenho razão. Vergonhosamente lamentável é a forma com que nos arrancam de nossa terra, onde a tanto custo fincamos nossas raízes e deveríamos viver felizes para sempre. Quem nos remove de nosso solo é tão assassino quanto os pecuaristas e açougueiros, que tanta indignação e repulsa despertam na sociedade civilizada pelas atrocidades cometidas nos matadouros.
ONGs e associações de defesa dos animais protestam – e com toda razão – contra o confinamento de bois, galinhas e porcos. Mas e quanto a nós? Alguém se compadece ao saber o quanto sofremos, espremidos, nos caixotes da Ceasa?
Somos seres vivos, queremos e devemos ser tratados como filhos de Deus, e reivindicamos igual tratamento dispensado aos mamíferos e galináceos. Está cientificamente provado que ao som de Bach, Mozart e Beethoven os vegetais se desenvolvem com maior força e viço, o que só demonstra que constituímos formas inteligentes e sensíveis de vida. Somos muito mais delicados e sutis em nossa estrutura física, e por isso mesmo merecedores de cuidados especiais.
Seus almoços e jantares são o nosso suplício derradeiro. Uma verdadeira sessão de tortura a acidez do vinagre, do sal e do limão sobre nossas folhas frágeis e tenras. Segue-se o esquartejamento no prato, quando sofremos dores inenarráveis antes de nos alojarmos, mortos, nos buchos de vocês, humanos.
Somos seres vivos, queremos e devemos ser tratados como filhos de Deus, e reivindicamos igual tratamento dispensado aos mamíferos e galináceos. Está cientificamente provado que ao som de Bach, Mozart e Beethoven os vegetais se desenvolvem com maior força e viço, o que só demonstra que constituímos formas inteligentes e sensíveis de vida. Somos muito mais delicados e sutis em nossa estrutura física, e por isso mesmo merecedores de cuidados especiais.
Seus almoços e jantares são o nosso suplício derradeiro. Uma verdadeira sessão de tortura a acidez do vinagre, do sal e do limão sobre nossas folhas frágeis e tenras. Segue-se o esquartejamento no prato, quando sofremos dores inenarráveis antes de nos alojarmos, mortos, nos buchos de vocês, humanos.
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