Crónicas e ficções soltas - Alcoutim - Recordações XIX - Por Daniel Teixeira - O Natal em Alcaria Alta
Nunca passei um Natal no Monte de Alcaria Alta ou noutro do Concelho. Uma das poucas memórias que não posso ter, mesmo. Não sei como era o Natal no Monte e quando lá regressava, nos meus tempos de criança, era já quase final do ano seguinte pelo que a haver conversas para pôr em dia essas seriam seguramente outras mais recentes.
Facto é que também nunca vi brinquedos nas mãos dos miúdos de lá. Acho que nem eu os tinha ou levava para lá...não fazia parte nem das possibilidades nem dos nossos interesses na altura. Muito sinceramente nem sequer me lembro de ver por lá uma miúda a brincar com bonecas, coisa que seria a mais possível.
Facto é que também nunca vi brinquedos nas mãos dos miúdos de lá. Acho que nem eu os tinha ou levava para lá...não fazia parte nem das possibilidades nem dos nossos interesses na altura. Muito sinceramente nem sequer me lembro de ver por lá uma miúda a brincar com bonecas, coisa que seria a mais possível.
Lá pelos meus 12/14 anos começou a virar-se a vocação do Menino Jesus do sector da doçaria ligeira para outros caminhos (Pai Natal é coisa que nunca conheci naquele tempo como referência). O Paulito (em Faro) recebeu num Natal um stick de hoquéi devidamente decorado com as cores do Sporting, para jogar aquilo a que chamávamos hóquei em campo com os nossos sticks feitos a martelo e com martelo.
Era um pau comprido para agarrar, por vezes com o topo limado ou simplesmente lixado ou nada e duas peças de madeira em baixo com a devida angulação (mais de 90º a roçar os 100/120 graus) pregadas, quanto mais forte melhor. Era o nosso auto brinquedo.
Era um pau comprido para agarrar, por vezes com o topo limado ou simplesmente lixado ou nada e duas peças de madeira em baixo com a devida angulação (mais de 90º a roçar os 100/120 graus) pregadas, quanto mais forte melhor. Era o nosso auto brinquedo.
O stick «amaricado» do Paulito durou pouco tempo mesmo: não resistiu às investidas dos defesas ou dos atacantes. Ainda se tentou remendá-lo com duas ripas na fractura mas não aceitava prego e fita adesiva ainda não havia e acabaria sempre por não resultar: os embates eram fortes e foi verdadeiramente um erro de cálculo do Menino Jesus ter oferecido aquilo ao Paulito.
Sem comentários:
Enviar um comentário