sábado, 17 de dezembro de 2011

NATAL! - Por Manuel Coelho - (in TALENTOS A SOLTA - Facebook)



NATAL! - Por Manuel Coelho - (in TALENTOS A SOLTA - Facebook) 
é Natal!
 Por mim já passaram oitenta. Melhor 79, pois vi a luz do dia no dia 26. Como é evidente não me lembro, mas segundo me contaram todos ficaram muito felizes.

Fui como uma prenda chegada no dia seguinte, ainda as filhoses estavam a embelezar a mesa. Não me disseram se havia Bolo-rei, mas creio que não. As filhoses eram a Rainha da festa, uma velha receita de filhós com abóbora que ainda hoje, escritas pela mão de meu Pai, se guarda cá em casa.

 Só me apercebi, aí pelos meus 5 ou seis anos de que havia o NATAL, sem saber ao certo qual o seu significado.

Recordo que púnhamos, eu e minha irmã, o sapatinho na chaminé, nada de meias na lareira, coisa que não tínhamos e que não era hábito na nossa humilde casa. Penso mesmo que essa, das meias na lareira, é de importação e copiada das fitas de cinema.

Na manhã do dia 25 de Dezembro, muito cedinho, corríamos de pés descalços direitinhos à cozinha!
 E… lá estavam as prendas. Invariavelmente, um carrinho de folha ou um «tin-tin» (Roda com uma haste que quando rodava tocava um campainha, por isso o nome). Era sempre uma alegria.

Não esqueço a grande superfície em que os brinquedos eram comprados. O Largo de Camões. Era o Toys R Us da época. Vivíamos mal, mas não havia crises. Pois só gastávamos o que podíamos.

Por esta época os ambulantes instalavam-se lá com pequenas barraquinhas, onde eu deliciava o olhar ao passar com a minha Mãe a caminho da Calçado do Combro.


Sem comentários:

Enviar um comentário