sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Redes Sociais = Hiperexposição narcisista - Por Cynthia Kremer



Redes Sociais = Hiperexposição narcisista - Por Cynthia Kremer

Não é novidade que entramos numa era especialmente dedicada a hiperexposição. Ela é o brinde para adocicar o sabor amargo e podermos engolir sem dar muita atenção a todo o marketing que nos é impingido. Nossas informações pessoais circulam livremente para fins nem sempre solicitados e muitas vezes obscuros e não muito nobres. Mas foi tudo muito bem articulado e calculado pelos estrategistas de marketing: nos fisgar pelo lado mais fraco. Como peixinhos, pela boca. Ou melhor, pelo ego-narcisismo.

O ego narcisista tem seu lugar cativo e ainda mais importante no atual fenômeno das «redes sociais», que, cada vez mais, têm um papel efetivo e rotineiro na vida de todos nós.

O que acontece nessas redes é particularmente singular, pois interagimos com «estranhos» com a desenvoltura que provavelmente não teríamos se os mesmos fossem parentes nossos ou amigos de longa data.

Este é apenas um tipo de comportamento dentre um leque imenso e repleto de nuances que determinam como tratam-se uns aos outros nesses espaços de interatividade a distância, embora haja uma peculiar constante entre todos os tipos de relacionamentos online: a coragem exacerbada. Que é conferida pela percepção de nossas personas que dão a medida do que queremos parecer para o outro, além da distância física e da possibilidade de podermos, a qualquer momento, desaparecer assim como aparecemos.


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