Fundação Logosófica – Em Prol da Superação Humana - São Paulo - A indecisão em oposição ao livre-arbítrio - (Carlos Bernardo González Pecotche – RAUMSOL)
Inegável que todo ser humano possui, por natureza, o privilégio do livre - arbítrio, mas, para exercê-lo, necessita do conhecimento, a fim de poder fazer uso da liberdade que ele lhe confere para seu bem e sem prejudicar a dos demais.
Entre as características que é costume perceber na psicologia de muitos seres, e que podem muito bem ser qualificadas como deficiências, encontra-se a indecisão. é comum deparar esta característica naquelas pessoas cujas convicções não se enraizaram pelo conhecimento, ou que não ajustaram suas vidas aos instrutivos ensinamentos que devem extrair das experiências, sendo tudo isso algo que as priva do exercício da liberdade.
Analisando-se o caso da indecisão, vê-se que muitas vezes ela procede de causas alheias à vontade do indivíduo. Este tem, por exemplo, a idéia de fazer algo, quer dizer, concebeu esta idéia; depois acaricia ou, melhor ainda, sente-se acariciado pela ilusão da idéia realizada; porém, eis então que, em vez de pôr mãos à obra, é tomado pelo temor de não saber concretizá-la na realidade e, ante a visão do fracasso, detém seus pensamentos e restringe sua vontade. Não obstante, a idéia está ali, em sua mente, acicatando-lhe o desejo até empurrá-lo à ação, a qual novamente é detida por outros pensamentos que lhe falam de sua incapacidade.
Como se pode explicar, nessas condições, o exercício do livre - arbítrio? Em tal circunstância, o indivíduo é, por acaso, dono de sua vontade?
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