O DUELO
UMA HISTÓRIA DE TÍTULOS E INVEJA - Por Miriam de Sales Oliveira
O filme que está em cartaz nos cinemas de Salvador,talvez passe desapercebido ,diante de tantos títulos mais chamativos a ao gosto popular.Mas”,O Duelo” é um bom filme e nos proporciona momentos de diversão ,mas,também,nos faz pensar.
Baseado no romance de Jorge Amado,”Os Velhos Marinheiros” conta a história de um homem,Vasco Moscozo de Aragão,que nasceu como se diz na Bahia “,com a bunda pro fogo”,ou seja,com mil motivos para ser feliz,mas,vivia mergulhado numa indisfarçável melancolia.
Isso chateava seu grande amigo,o Capitão dos Portos,que ,um dia,resolveu tirar isto a limpo.E o Vasco desembuchou,vomitou a mágoa.Bon vivant e neto de avó rico ,com futuro garantido sem precisar dar um prego numa barra de sabão,Vasco mal frequentou o segundo grau,a duras penas e reprimendas do avô.Na idade adulta ,o fato de ser Seu Vasco começou a pesar na sua vaidade;seus amigos eram doutores -médicos,advogados,comandantes,capitães – só ele era “seu”,um qualquer,um ninguém apesar dos contos de reis na sua conta bancária e de servir de banco muitas vezes emprestando dinheiro aos titulados.
O Comandante jurou resolver o problema.
-Deixa comigo.
-Mas,como?
Bem,o como vocês leem o livro ou assistem o filme.
O fato é que Vasco dormiu “seu” e acordou Capitão de Longo Curso,um título dado aos comandantes de navios da Marinha Mercante brasileira que os torna aptos de comandar qualquer navio mundo afora.
Bom,o caso do título está resolvido.Agora,vamos falar da inveja.
Muitos anos depois ,Vasco,já cansado da esbórnia,remediado e solitário resolveu mudar-se para um subúrbio de Salvador, instalando –se de mala,cuia e instrumentos náuticos, numa casinha gostosa junto ao mar.
Brilhante e carismático logo conquistou amigos e era o ídolo do lugar.
E é ai que entra a inveja na pessoa de um morador que se sentiu desprestigiado e jogado pras traças e,por causa disto,criou um ódio mortal pelo comandante.
Jurava que era mentira tudo o que ele contava,aliás ,causos muito engraçados que prendia as pessoas e aumentava o ódio do cidadão.
Quem nunca enfrentou uma situação destas ? Qualquer um que se destaque e seja brilhante num mundo de foscos.
A inveja destrói,pisoteia ,fere;ela é amarga,revoltada,feroz.
Assim,o sujeitinho pegou o trem e foi á capital vasculhar a vida do Vasco.
Chegou radiante,sorridente,vencedor.Trazia notícias muito acintosas de como o Seu Vasco virou capitão.
Mas,para os foscos a vitória dura pouco.E a decepção foi grande.
Pensa que ele se rendeu?Continuou vociferando contra o rival e virou a chacota da cidade.
E mais não contarei,pois, leiam o livro –para mim um dos melhores de Jorge – e vejam o filme.Um duelo de monstros entre Joaquim de Almeida ,o Capitão e José Wilker,o invejoso.
E está feito o convite e contada a história.Entrou por uma porta ,saiu pela outra,o Rei Meu Senhor que te conte outra.
UMA HISTÓRIA DE TÍTULOS E INVEJA - Por Miriam de Sales Oliveira
O filme que está em cartaz nos cinemas de Salvador,talvez passe desapercebido ,diante de tantos títulos mais chamativos a ao gosto popular.Mas”,O Duelo” é um bom filme e nos proporciona momentos de diversão ,mas,também,nos faz pensar.
Baseado no romance de Jorge Amado,”Os Velhos Marinheiros” conta a história de um homem,Vasco Moscozo de Aragão,que nasceu como se diz na Bahia “,com a bunda pro fogo”,ou seja,com mil motivos para ser feliz,mas,vivia mergulhado numa indisfarçável melancolia.
Isso chateava seu grande amigo,o Capitão dos Portos,que ,um dia,resolveu tirar isto a limpo.E o Vasco desembuchou,vomitou a mágoa.Bon vivant e neto de avó rico ,com futuro garantido sem precisar dar um prego numa barra de sabão,Vasco mal frequentou o segundo grau,a duras penas e reprimendas do avô.Na idade adulta ,o fato de ser Seu Vasco começou a pesar na sua vaidade;seus amigos eram doutores -médicos,advogados,comandantes,capitães – só ele era “seu”,um qualquer,um ninguém apesar dos contos de reis na sua conta bancária e de servir de banco muitas vezes emprestando dinheiro aos titulados.
O Comandante jurou resolver o problema.
-Deixa comigo.
-Mas,como?
Bem,o como vocês leem o livro ou assistem o filme.
O fato é que Vasco dormiu “seu” e acordou Capitão de Longo Curso,um título dado aos comandantes de navios da Marinha Mercante brasileira que os torna aptos de comandar qualquer navio mundo afora.
Bom,o caso do título está resolvido.Agora,vamos falar da inveja.
Muitos anos depois ,Vasco,já cansado da esbórnia,remediado e solitário resolveu mudar-se para um subúrbio de Salvador, instalando –se de mala,cuia e instrumentos náuticos, numa casinha gostosa junto ao mar.
Brilhante e carismático logo conquistou amigos e era o ídolo do lugar.
E é ai que entra a inveja na pessoa de um morador que se sentiu desprestigiado e jogado pras traças e,por causa disto,criou um ódio mortal pelo comandante.
Jurava que era mentira tudo o que ele contava,aliás ,causos muito engraçados que prendia as pessoas e aumentava o ódio do cidadão.
Quem nunca enfrentou uma situação destas ? Qualquer um que se destaque e seja brilhante num mundo de foscos.
A inveja destrói,pisoteia ,fere;ela é amarga,revoltada,feroz.
Assim,o sujeitinho pegou o trem e foi á capital vasculhar a vida do Vasco.
Chegou radiante,sorridente,vencedor.Trazia notícias muito acintosas de como o Seu Vasco virou capitão.
Mas,para os foscos a vitória dura pouco.E a decepção foi grande.
Pensa que ele se rendeu?Continuou vociferando contra o rival e virou a chacota da cidade.
E mais não contarei,pois, leiam o livro –para mim um dos melhores de Jorge – e vejam o filme.Um duelo de monstros entre Joaquim de Almeida ,o Capitão e José Wilker,o invejoso.
E está feito o convite e contada a história.Entrou por uma porta ,saiu pela outra,o Rei Meu Senhor que te conte outra.
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