quinta-feira, 9 de julho de 2015

Poesia de José Manuel Veríssimo


Poesia de José Manuel Veríssimo


Equívocos

Sim!

Claro que  sofri!
  Mas  não sofremos todos
O  agora  e aqui ?
  Como  tolos
Num mundo
 que  construimos  assim?
Carpindo a  rodos
Com  maneiras
  modos
 culpas
dardos
 E  afins…………

Claro que  sofri
  Sofro
  Sofremos
  De  cegueiras
  De  fados
  Esfarrapados
  Pobres
 sem  bandeiras
 Sem  iras nem  beiras
 Ensopados
Em  piedades  próprias
E  nas  alheias
Pôdres
 E Vencidos
Como  quem desiste
A  pretexto  de  inclemências.

Antes  mesmo  das  sementeiras
Lamenta
 Sofre
Desespera
Sem  um  esboço de  resistência
Sem  um esforço
 De quem  supera
Os  excessos  de  paciência
De  quem é  manso
Mas  sem potência………………
De  quem  clama
Pela desobediência
 Em  quem
 A  inconsistência
 Se  confunde
 Com o princípio  da  irreverência.
                                                                   
 Seixal , 092.04.2015

José Manuel Veríssimo


No Jardim

 O Sol despontou
Receoso, tímido, volátil
Durou
O instante subtil
Em que o jardim brilhou
De novo o cinzento
Se instalou
Mas, ainda assim, o canto alado
 De um bando versátil
Sucedeu
Coisa que nem o cinzento
Interrompeu
Um forte vento
Se acendeu.
Hábil e persistente
Soprou nuvens
Tortuosos trilhos
Lutas brigas….sarilhos
Finalmente
Mais forte do que nunca
 O Sol voltou

Seixal 27.05.2013

José Manuel Veríssimo




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