Poesia de Jorge Vicente
YESOD
assim como em baixo, também em cima,
o fundamento de sermos apenas homens,
e não seres votados à magia.
deixemos os anjos murmurar as nossas
preces e vivamos incólumes ao medo:
se vacilarmos, apenas resta o desconsolo
de quem viveu acima da praia, na vertigem
das arcadas, pedaços de pedra transparentes,
sem pele.
sou inteiro em baixo como o sou em cima,
revejo-me no silencioso embaraço que tudo
esconde sem nada demonstrar.
para quê o cosmos se tenho em mim o
fundamento de toda a existência? a
roda do meu destino.
Jorge Vicente
MALKUTH
o rei desperta. sem as silvas a silenciar
a fonte apenas um olhar sorrateiro ao
redor das águas. caminha comigo por entre
os corpos que te envolvem e traz a taça
dourada. olha-me nos olhos e inventa-te no
gesto.
sê pescador de almas e escreve-me um poema
de rochas.
não há genocídio no interior da pedra.
apenas a voz do cego e do louco que
sabe tudo sem se ver.
Jorge Vicente
GEBURAH
a cidade procura-me
no atrito dos corpos caídos
aspiro às ruínas das pedras velhas
à calçada gasta pelas olheiras dos
lábios
são dois os corpos que se encontram
em mim não existe dualidade
senão no julgamento infinito do
teu rosto.
Jorge Vicente
YESOD
assim como em baixo, também em cima,
o fundamento de sermos apenas homens,
e não seres votados à magia.
deixemos os anjos murmurar as nossas
preces e vivamos incólumes ao medo:
se vacilarmos, apenas resta o desconsolo
de quem viveu acima da praia, na vertigem
das arcadas, pedaços de pedra transparentes,
sem pele.
sou inteiro em baixo como o sou em cima,
revejo-me no silencioso embaraço que tudo
esconde sem nada demonstrar.
para quê o cosmos se tenho em mim o
fundamento de toda a existência? a
roda do meu destino.
Jorge Vicente
MALKUTH
o rei desperta. sem as silvas a silenciar
a fonte apenas um olhar sorrateiro ao
redor das águas. caminha comigo por entre
os corpos que te envolvem e traz a taça
dourada. olha-me nos olhos e inventa-te no
gesto.
sê pescador de almas e escreve-me um poema
de rochas.
não há genocídio no interior da pedra.
apenas a voz do cego e do louco que
sabe tudo sem se ver.
Jorge Vicente
GEBURAH
a cidade procura-me
no atrito dos corpos caídos
aspiro às ruínas das pedras velhas
à calçada gasta pelas olheiras dos
lábios
são dois os corpos que se encontram
em mim não existe dualidade
senão no julgamento infinito do
teu rosto.
Jorge Vicente
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