COLUNA POÉTICA DE MARIA PETRONILHO
Preciso a vela de um barco; Em busca de uma centelha; Envelhecendo
Preciso a vela de um barco
Uma vela larga e branca
Habituada à salmoura
Preciso secar o pranto
Levar para longe a tristeza
Vagueio só à deriva
Sou a naufraga da vida
Nada vislumbro no céu
Tragam-me a vela de um barco
Aonde sufoque o pranto
E me leve para longe
Do rasto deste momento
Que me traz em desalento
... Preciso as asas de um anjo!
Em busca de uma centelha
Mariposa que se lança
Desvairada contra a chama
Que o sentido lhe alucina
Pássaro que o surto olvida
Ao magnetismo da cobra
Sem cuidar que perde a vida
Assim tomba a minha alma
Qual nuvem na trovoada
Que pelo chão se derrama
De si mesma compungida
Procurando na negrura
Sobras da própria centelha
Preciso a vela de um barco; Em busca de uma centelha; Envelhecendo
Preciso a vela de um barco
Uma vela larga e branca
Habituada à salmoura
Preciso secar o pranto
Levar para longe a tristeza
Vagueio só à deriva
Sou a naufraga da vida
Nada vislumbro no céu
Tragam-me a vela de um barco
Aonde sufoque o pranto
E me leve para longe
Do rasto deste momento
Que me traz em desalento
... Preciso as asas de um anjo!
Em busca de uma centelha
Mariposa que se lança
Desvairada contra a chama
Que o sentido lhe alucina
Pássaro que o surto olvida
Ao magnetismo da cobra
Sem cuidar que perde a vida
Assim tomba a minha alma
Qual nuvem na trovoada
Que pelo chão se derrama
De si mesma compungida
Procurando na negrura
Sobras da própria centelha
Envelhecendo
Envelheço, sim, com orgulho!
Que quererias?!
Que pedisse emprestadas horas
às gerações vindouras,
Eu, que findo?!
Cabe-me olhar amplo,
Que já vi tanto
E resisti de sobejo.
Cabe-me ser tronco,
Que não ramo prometendo
Florir sem fruto.
Cabe-me ser esteio
Aos que no vento se arrojam.
Serenamente aguardo o sagrado limbo
De onde emergi e onde mergulharei
Atavicamente
De novo.
Envelheço, sim, com orgulho!
Que quererias?!
Que pedisse emprestadas horas
às gerações vindouras,
Eu, que findo?!
Cabe-me olhar amplo,
Que já vi tanto
E resisti de sobejo.
Cabe-me ser tronco,
Que não ramo prometendo
Florir sem fruto.
Cabe-me ser esteio
Aos que no vento se arrojam.
Serenamente aguardo o sagrado limbo
De onde emergi e onde mergulharei
Atavicamente
De novo.
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