Texto de Liliana Josué
CRÓNICA SOBRE NÓS
Sabes, estou no sítio onde eu muitas vezes queria ir, o meu preferido para aquelas circunstâncias , e tu, embora também gostando, preferias inequivocamente o outro, o grande, muito amplo, pejado de gente e vida. Mas tu não eras assim!... o meu, era o tal lugar não muito grande e tranquilo, colorido mas discreto, um nadinha melancólico como eu e que sempre me puxou a vontade de rabiscar qualquer coisa, como agora.
Cá estou eu a ouvir música artificial de piano enquanto penso em ti. Fazes-me falta, mesmo nos desencontros de opinião, de vontades e crenças. E tu, aí onde estás, longe, sentes falta de mim? nem que seja só um pontinho no peito? gostava que sim.
Sabes, já não vou comprar o queijo branco e ácido à mercearia do russo, não me apetece. Esse queijo só fazia sentido comido e disputado por ambos, assim não. Recuso as lojas de roupa barata na rua larga e comprida, sem ti aborrecem-me, tal como o restaurante chinês que também tinha sushi, o qual eu comi pela primeira vez com alguma relutância, mas depois até gostei.
Sabes, fazes-me falta, não tenho a culpa mas é assim. O frio por aqui é muito, tanto no corpo como na alma, creio que onde estás não seja melhor. Sei que nunca deste muita importância ao que escrevo, mas, mesmo assim, no tal lugar onde estou tive de o fazer. Já cá não vinha há bastante tempo, e ao entrar entrei igualmente em mim, acredita que também tinha saudades minhas.
Variávamos pouco os sítios distrativos e relaxantes, talvez por isso mesmo os evite. Parte das nossas vidas permanece muito concentrada nesses locais. Por lá tudo ficou parado à nossa espera. Sinto-te longe, mas acredito que a distância está no tempo em que nos sentimos sós.
Sabes, fazes-me falta, mesmo muita falta.
Liliana Josué
CRÓNICA SOBRE NÓS
Sabes, estou no sítio onde eu muitas vezes queria ir, o meu preferido para aquelas circunstâncias , e tu, embora também gostando, preferias inequivocamente o outro, o grande, muito amplo, pejado de gente e vida. Mas tu não eras assim!... o meu, era o tal lugar não muito grande e tranquilo, colorido mas discreto, um nadinha melancólico como eu e que sempre me puxou a vontade de rabiscar qualquer coisa, como agora.
Cá estou eu a ouvir música artificial de piano enquanto penso em ti. Fazes-me falta, mesmo nos desencontros de opinião, de vontades e crenças. E tu, aí onde estás, longe, sentes falta de mim? nem que seja só um pontinho no peito? gostava que sim.
Sabes, já não vou comprar o queijo branco e ácido à mercearia do russo, não me apetece. Esse queijo só fazia sentido comido e disputado por ambos, assim não. Recuso as lojas de roupa barata na rua larga e comprida, sem ti aborrecem-me, tal como o restaurante chinês que também tinha sushi, o qual eu comi pela primeira vez com alguma relutância, mas depois até gostei.
Sabes, fazes-me falta, não tenho a culpa mas é assim. O frio por aqui é muito, tanto no corpo como na alma, creio que onde estás não seja melhor. Sei que nunca deste muita importância ao que escrevo, mas, mesmo assim, no tal lugar onde estou tive de o fazer. Já cá não vinha há bastante tempo, e ao entrar entrei igualmente em mim, acredita que também tinha saudades minhas.
Variávamos pouco os sítios distrativos e relaxantes, talvez por isso mesmo os evite. Parte das nossas vidas permanece muito concentrada nesses locais. Por lá tudo ficou parado à nossa espera. Sinto-te longe, mas acredito que a distância está no tempo em que nos sentimos sós.
Sabes, fazes-me falta, mesmo muita falta.
Liliana Josué
Sem comentários:
Enviar um comentário