Poemas de Sá de Freitas
COMO SINTO UM ADEUS
O adeus é prenúncio de ansiedade
Que surgirá nascida de uma ausência...
É princípio de angústia... é evidência
De prantos que virão com intensidade.
O adeus é um sentir de vacuidade,
É o interromper de uma convivência,
É um padecer com a triste permanência,
Da grande dor que traz uma saudade.
O adeus é esperança de um retorno;
É sensação terrível de abandono;
É temor do que inda não surgiu.
É apreensão que a alma mortifica;
Sonho de também ir, para quem fica;
Vontade de regresso à quem partiu.
O adeus é prenúncio de ansiedade
Que surgirá nascida de uma ausência...
É princípio de angústia... é evidência
De prantos que virão com intensidade.
O adeus é um sentir de vacuidade,
É o interromper de uma convivência,
É um padecer com a triste permanência,
Da grande dor que traz uma saudade.
O adeus é esperança de um retorno;
É sensação terrível de abandono;
É temor do que inda não surgiu.
É apreensão que a alma mortifica;
Sonho de também ir, para quem fica;
Vontade de regresso à quem partiu.
HEI DE ENCONTRAR
Hei de encontrar ainda em meu caminho,
O amor que busco desde a mocidade,
Mesmo que seja no findar da tarde,
Que pressinto chegar-me de mansinho.
Não falo do gostoso «amor - carinho»,
Que traz ao nosso corpo a saciedade:
Falo do amor que falta à humanidade,
Sem o qual cada ser vive sozinho.
Falo daquele amor que mata a fome,
Que agasalha a quem no frio dorme,
Que ao desolado vem trazer alento.
Falo do amor que no perdão se aplica,
Falo do amor que o coração pratica,
Contido no primeiro Mandamento.
Hei de encontrar ainda em meu caminho,
O amor que busco desde a mocidade,
Mesmo que seja no findar da tarde,
Que pressinto chegar-me de mansinho.
Não falo do gostoso «amor - carinho»,
Que traz ao nosso corpo a saciedade:
Falo do amor que falta à humanidade,
Sem o qual cada ser vive sozinho.
Falo daquele amor que mata a fome,
Que agasalha a quem no frio dorme,
Que ao desolado vem trazer alento.
Falo do amor que no perdão se aplica,
Falo do amor que o coração pratica,
Contido no primeiro Mandamento.
LUTES
Ao sentires a dor que vem terrível,
Para te torturar, roubar-te a calma,
Enchendo de angústia a tua alma,
De maneira cruel e indescritível...
Reajas, lutes, antes que enfraqueça,
Tua esperança que, depressa, foge;
Antes que o desespero, em ti, se aloje
E toda a força, em ti, desapareça.
Ergues-te antes de entregar-te à sorte;
Antes que venhas assistir a morte
Do otimismo e dos esforços teus...
Extermines com dor antes que aumente,
Antes que te transformes num descrente,
Que duvida do próprio Amor de Deus.
Ao sentires a dor que vem terrível,
Para te torturar, roubar-te a calma,
Enchendo de angústia a tua alma,
De maneira cruel e indescritível...
Reajas, lutes, antes que enfraqueça,
Tua esperança que, depressa, foge;
Antes que o desespero, em ti, se aloje
E toda a força, em ti, desapareça.
Ergues-te antes de entregar-te à sorte;
Antes que venhas assistir a morte
Do otimismo e dos esforços teus...
Extermines com dor antes que aumente,
Antes que te transformes num descrente,
Que duvida do próprio Amor de Deus.
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