Duo: Arlete Brasil Deretti Fernandes e Hildebrando Menezes
A Criança que vive em mim.
.
Dei-me conta da criança que um dia fui,
Que vive em mim, e à qual sou grata,
Não poderia esquecê-la nem deixá-la morrer.
Foram e são tempos bons e inocentes
Sem as armadilhas perversas doutras idades
Que por vezes nos assaltam sem piedade
Presto-lhe a homenagem de meus sentimentos.
Sua evocação suaviza os difíceis momentos,
Com esta menina aprendo a viver.
E assim me faço intenso a evitar sofrer
Por não deixar o tempo ao espírito desaquecer
Tudo então ganha sentido e bela coloração
Observo através das recordações, nos jogos,
doces gestos, pensamentos e inclinações,
Isto revela-me a doçura da sensibilidade.
Que depois reponho e componho a saudade
Nos versos mais simples nas entonações
Entôo, canto e ouço as mais lindas canções
Ao recordá-la, enlaço-a à minha existência,
Ela me inspira, me alegra e me vêm sensações
Através de palavras e sorrisos inocentes.
Assim tudo ganha graça, sentido interessante
Porque eu sinto vibrar a força aqui presente
A impulsionar a alavanca que ergue a mente
A segurar atos, habilidades e pensamentos
Não quero cometer este crime simbólico
E por isto evoco a criança com satisfação,
Ela me dá a pedra de toque da emoção
Também não quero deixar morrer a jovem.
Que envelheço rápido a sentir vertigem
Minha existência é um todo, hoje sou do ontem
A continuação, e do amanhã a construção.
Assim minha vida não se perde em blocos.
São alicerces e sustentáculos da satisfação
Por isto admiro a simplicidade nos gestos,
Que formam o mosaico da autenticidade
Nas atitudes onde não tem lugar a maldade.
Vejo-me a colher flores com toda a liberdade.
Do natural ao transcendental das traquinagens
A subir em árvores de variadas espécies, a
Colher frutos e por insetos ser picada,
Chegando em casa com minha roupa rasgada.
Sentar-me ao colo de meus pais com carinho.
Dar e receber os afagos na maior ternura
No cheiro e no cafuné coberto de doçuras
Às vezes, sair disparada, a correr
da avó para não levar uma chinelada.
Tudo isso traz no seu bojo a eternidade
Na parreira colher deliciosas uvas, cultivadas
Com amor pelo meu pai. Sentir alegria de viver,
Sem tristezas, tudo era somente prazer.
E aqui nesse dueto eu revivi ao escrever
O menino, a menina que apesar de crescer
Esta ainda dentro de mim a me enternecer.
A Criança que vive em mim.
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Dei-me conta da criança que um dia fui,
Que vive em mim, e à qual sou grata,
Não poderia esquecê-la nem deixá-la morrer.
Foram e são tempos bons e inocentes
Sem as armadilhas perversas doutras idades
Que por vezes nos assaltam sem piedade
Presto-lhe a homenagem de meus sentimentos.
Sua evocação suaviza os difíceis momentos,
Com esta menina aprendo a viver.
E assim me faço intenso a evitar sofrer
Por não deixar o tempo ao espírito desaquecer
Tudo então ganha sentido e bela coloração
Observo através das recordações, nos jogos,
doces gestos, pensamentos e inclinações,
Isto revela-me a doçura da sensibilidade.
Que depois reponho e componho a saudade
Nos versos mais simples nas entonações
Entôo, canto e ouço as mais lindas canções
Ao recordá-la, enlaço-a à minha existência,
Ela me inspira, me alegra e me vêm sensações
Através de palavras e sorrisos inocentes.
Assim tudo ganha graça, sentido interessante
Porque eu sinto vibrar a força aqui presente
A impulsionar a alavanca que ergue a mente
A segurar atos, habilidades e pensamentos
Não quero cometer este crime simbólico
E por isto evoco a criança com satisfação,
Ela me dá a pedra de toque da emoção
Também não quero deixar morrer a jovem.
Que envelheço rápido a sentir vertigem
Minha existência é um todo, hoje sou do ontem
A continuação, e do amanhã a construção.
Assim minha vida não se perde em blocos.
São alicerces e sustentáculos da satisfação
Por isto admiro a simplicidade nos gestos,
Que formam o mosaico da autenticidade
Nas atitudes onde não tem lugar a maldade.
Vejo-me a colher flores com toda a liberdade.
Do natural ao transcendental das traquinagens
A subir em árvores de variadas espécies, a
Colher frutos e por insetos ser picada,
Chegando em casa com minha roupa rasgada.
Sentar-me ao colo de meus pais com carinho.
Dar e receber os afagos na maior ternura
No cheiro e no cafuné coberto de doçuras
Às vezes, sair disparada, a correr
da avó para não levar uma chinelada.
Tudo isso traz no seu bojo a eternidade
Na parreira colher deliciosas uvas, cultivadas
Com amor pelo meu pai. Sentir alegria de viver,
Sem tristezas, tudo era somente prazer.
E aqui nesse dueto eu revivi ao escrever
O menino, a menina que apesar de crescer
Esta ainda dentro de mim a me enternecer.
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