JANEIRO
Miriam de Sales Oliveira
Janeiro ,como palavra,não existe na nossa língua;imagino que seja uma corruptela de Jannuarius,que era, em tempos mais antigos do que eu,dedicado à Jano,primeiro rei do Lácio,que o leitor sabe era o primeiro nome de Roma;e,se não sabia,ficou sabendo.Sabendo,pode exibir sua cultura no escritório e impressionar a secretária.
Eu não me sinto obrigada a prestar homenagem a um cara que não conheci,não é meu vizinho nem meu chefe e nada tem a ver comigo ou com vocês,concordam?
Se fosse januário,ainda vá lá,conheço alguns,inclusive a Januária,de Chico,que vivia na janela e boa coisa não deveria ser.E,também,o S. Januário,que lembra o Vasco.Até ai,tudo bem.
É um mês festeiro,aqui em Salvador,temos,após o réveillon,a festa do Sr. Bom Jesus dos Navegantes com sua procissão de barcos,a festa do Sr. Do Bonfim,com a lavagem e os banhos de cheiro,sem falar nos ensaios carnavalescos que ninguém é de ferro e baiano quando não está numa festa,está inventando alguma;por isso se diz que baiano não nasce,estréia.
O pior de tanta festa é que a chuva gosta de comparecer e cai com vontade,principalmente no Sudeste,pois,como o Nordeste precisa de chuva para amainar a seca e a chuva é pirracenta,cai no Sul,só para aporrinhar os paulistas trabalhadores e os cariocas,praieiros.
Bom é em Belém do Pará,lá,dizem,ainda não fui conferir,a chuva cai com hora marcada;a gente marca um compromisso,perguntando:
-Antes ou depois da chuva?
Terra civilizada é assim.
Dizem que,no dia 12 de janeiro,em Flandres e no Brabant,na França,existe uma festa tradicional na qual as mulheres querem aparecer como as verdadeiras donas da casa;para isso,metem os maridos na cama e saem a resolver os problemas;os problemas das mulheres brasileiras é simplesmente tirar da cama os maridos para ir trabalhar.
Miriam de Sales Oliveira
Janeiro ,como palavra,não existe na nossa língua;imagino que seja uma corruptela de Jannuarius,que era, em tempos mais antigos do que eu,dedicado à Jano,primeiro rei do Lácio,que o leitor sabe era o primeiro nome de Roma;e,se não sabia,ficou sabendo.Sabendo,pode exibir sua cultura no escritório e impressionar a secretária.
Eu não me sinto obrigada a prestar homenagem a um cara que não conheci,não é meu vizinho nem meu chefe e nada tem a ver comigo ou com vocês,concordam?
Se fosse januário,ainda vá lá,conheço alguns,inclusive a Januária,de Chico,que vivia na janela e boa coisa não deveria ser.E,também,o S. Januário,que lembra o Vasco.Até ai,tudo bem.
É um mês festeiro,aqui em Salvador,temos,após o réveillon,a festa do Sr. Bom Jesus dos Navegantes com sua procissão de barcos,a festa do Sr. Do Bonfim,com a lavagem e os banhos de cheiro,sem falar nos ensaios carnavalescos que ninguém é de ferro e baiano quando não está numa festa,está inventando alguma;por isso se diz que baiano não nasce,estréia.
O pior de tanta festa é que a chuva gosta de comparecer e cai com vontade,principalmente no Sudeste,pois,como o Nordeste precisa de chuva para amainar a seca e a chuva é pirracenta,cai no Sul,só para aporrinhar os paulistas trabalhadores e os cariocas,praieiros.
Bom é em Belém do Pará,lá,dizem,ainda não fui conferir,a chuva cai com hora marcada;a gente marca um compromisso,perguntando:
-Antes ou depois da chuva?
Terra civilizada é assim.
Dizem que,no dia 12 de janeiro,em Flandres e no Brabant,na França,existe uma festa tradicional na qual as mulheres querem aparecer como as verdadeiras donas da casa;para isso,metem os maridos na cama e saem a resolver os problemas;os problemas das mulheres brasileiras é simplesmente tirar da cama os maridos para ir trabalhar.
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