Poesia de Jorge Vicente
POEMA XI
o destino nunca se constrói
nem gilgamesh pode encerrar
o seu futuro numa única flor
talvez aquele que suba possa
viver outra vez. com uma nova
luminosidade, uma nova utopia,
um novo modo de pressentir
aquilo que só cabe aos pássaros
gilgamesh só existe em si próprio,
e não nos deuses
nem na árvore,
que é apenas um caule murcho
calcetado pelo som do deserto.
jorge vicente
ACORDANDO OS AMANTES
duas folhas
são apenas uma
ao raiar da manhã
dois amantes
são apenas um
deitados à sombra da árvore
o mundo é apenas um
só o amor se multiplica
pelas folhas, pelos amantes
e pela manhã que se anuncia.
jorge vicente
POEMA IV
deixa crescer a manhã
e lança-te ao abandono
das águas.
iemanjá molhará os lábios
na saliva da areia e fará
do teu corpo um
receptáculo de flores.
jorge vicente
POEMA XI
o destino nunca se constrói
nem gilgamesh pode encerrar
o seu futuro numa única flor
talvez aquele que suba possa
viver outra vez. com uma nova
luminosidade, uma nova utopia,
um novo modo de pressentir
aquilo que só cabe aos pássaros
gilgamesh só existe em si próprio,
e não nos deuses
nem na árvore,
que é apenas um caule murcho
calcetado pelo som do deserto.
jorge vicente
ACORDANDO OS AMANTES
duas folhas
são apenas uma
ao raiar da manhã
dois amantes
são apenas um
deitados à sombra da árvore
o mundo é apenas um
só o amor se multiplica
pelas folhas, pelos amantes
e pela manhã que se anuncia.
jorge vicente
POEMA IV
deixa crescer a manhã
e lança-te ao abandono
das águas.
iemanjá molhará os lábios
na saliva da areia e fará
do teu corpo um
receptáculo de flores.
jorge vicente
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