quarta-feira, 20 de julho de 2011

Nova lei dos brinquedos tem falhas graves

Nova lei dos brinquedos tem falhas graves

20 | 07 | 2011 13.03H
A associação de defesa do consumidor Deco aponta “falhas graves” à nova legislação europeia sobre brinquedos que hoje entra em vigor, lamentando que a colocação da marca CE não seja validade por entidades independentes.
Destak/Lusa | destak@destak.pt
“Os consumidores pensam que existindo a marcação CE (Comissão Europeia), o brinquedo é seguro, mas é simplesmente uma declaração do fabricante a dizer que cumpre as normas. Não há nenhum teste nem nenhuma avaliação de risco de uma entidade independente”, comentou à agência Lusa Teresa Belchior, da Deco/Proteste.
A Deco recomendava que os brinquedos fossem sujeitos a testes e análises de risco e que, em função da faixa etária, a que se destinasse, fossem feitas averiguações por entidades independentes, sobretudo no caso de brinquedos para menores de três anos.
Teresa Belchior critica ainda que a lei permita que continuem a ser colocados no mercado brinquedos inseguros.
“Todos os brinquedos colocados no mercado até julho de 2013 não têm que obedecer às exigências relativas às propriedades químicas. Sabemos que podem ser perigosos mas podem continuar no mercado se tiverem sido fabricados até julho de 2013. Parece-me inaceitável do ponto de vista dos consumidores”, afirmou a especialista.
A associação de defesa do consumidor critica ainda que a nova lei não contemple alguns grupos de brinquedos, como os didáticos e a joias de fantasia.
Como aspetos positivos, é destacada a maior articulação entre as entidades fiscalizadoras da União Europeia e o alargamento do conceito de brinquedo.
Segundo o Executivo Comunitário, a nova diretiva que hoje entra em vigor eleva os padrões de segurança exigidos para todos os brinquedos produzidos na União Europeia ou importados para o espaço europeu.
A lei torna mais exigentes as regras que vigoravam até agora, com o objetivo de reduzir o número de acidentes relacionados com brinquedos e garantir benefícios para a saúde a longo prazo.
Apontando que, a partir de agora, os fabricantes, importadores e distribuidores têm mais obrigações, Bruxelas sublinha que os Estados-membros têm também o dever de assegurar que as autoridades levam a cabo controlos adequados, para garantir a efetiva implementação da diretiva, à luz da qual nenhum brinquedo perigoso ou defeituoso deve

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Portugueses lá de fora sentem-se próximos das suas origens?

Portugueses lá de fora sentem-se próximos das suas origens?
Clique para ampliarA diversidade de atitudes que existe entre os luso-descendentes no que toca à proximidade ou ao afastamento das suas origens sugere que o tema deve ser mais estudado para ser melhor compreendido, disse à Lusa uma investigadora da área.


“Existe uma grande diversidade dentro da comunidade de luso-descendentes no que se refere ao apego a Portugal, à cultura portuguesa, às suas raízes”, declarou à Lusa Sandra Silva, investigadora do Centro de Estudo Geográficos (CEG) do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa (IGOT/UL).

A professora falou à margem do seminário “Luso-Descendentes e Vivências Transacionais: Algumas Linhas de Investigação”, que decorreu na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Segundo Sandra Silva, “é preciso fazer mais estudos para aprofundar quais são os fatores que aproximam ou afastam os luso-descendentes de Portugal.”

A professora indicou que estes fatores podem variar de país para país, de geração para geração, podendo ainda ter relação com o contexto familiar, com as experiências de infância da pessoa, com o nível educacional, social e económico dos luso-descendentes.

Para esta relação com as raízes portuguesas também podem influenciar a integração dos luso-descendentes no país de acolhimento, assim como o conhecimento da língua portuguesa.

Para o investigador João Sardinha, que participou do encontro, “muitas variáveis podem aproximar os luso-descendentes de Portugal, como o futebol, a comida, a música.”

"O distanciamento geográfico pode ser uma variável de afastamento dos luso-descendentes", sublinhou Sardinha – que é investigador na Universidade Aberta -, acrescentando que "a língua é um fator importante de aproximação a Portugal".

João Sardinha ainda sublinhou que os filhos e netos dos emigrados nas décadas anteriores a 1960 são mais afastados de Portugal, entretanto, a nova vaga de emigração de portugueses pode possibilitar uma aproximação dos luso-descendentes ao país de origem.

"Muitos portugueses desta nova emigração certamente virão passar férias a Portugal, o que possibilitará uma maior aproximação da nova geração de luso-descendentes às suas raízes", concluiu João Sardinha.

Festival de Cinema Queer volta este ano a Lisboa

Cinema

Festival de Cinema Queer volta este ano a Lisboa

A 15.ª edição do festival de cinema de temática LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros) vai apresentar “85 filmes de mais de 30 nacionalidades”, diz o comunicado.
O tema central do festival – com secções competitivas de longa-metragem, documentário e curta-metragem – será a “transgressão”.
“No momento em que o Queer Lisboa celebra o seu 15.º aniversário, sem querermos ser saudosistas, interessa-nos este ano olhar a produção actual do cinema queer no que ele tem de tradição e inovação, em relação à sua história”, explica João Ferreira, director artístico do festival, citado no comunicado enviado.
À parte a competição, a organização promete “algumas surpresas”, nomeadamente um secção Queer Art e secções temáticas “onde serão expostas as raízes e algumas das estéticas e narrativas mais transgressoras de clássicos do cinema queer e das mais recentes produções de carácter mais marginal”.
O festival conta com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e da empresa municipal EGEAC, e do ICA – Instituto do Cinema e do Audiovisual.
(AC)



segunda-feira, 11 de julho de 2011

Olhar brasileiro sobre Fernando Pessoa

Olhar brasileiro sobre Fernando Pessoa

Recital à brasileira com atriz Eliza Lucinda e Geovana Pires

Neste recital, atrizes brasileiras, Elisa Lucinda e Geovana Pires vertem para os espectadores um olhar brasileiro sobre a obra de Fernando Pessoa.
Concebido como uma interpretação informal, os poemas dos heterónimos ganham nova moldura nas vozes e nos corpos das actrizes , que já viveram no teatro as figuras de Álvaro de Campos e Alberto Caeiro, através da peça; A natureza do olhar. A mesma foi um sucesso de público e crítica. Elisa Lucinda, também poeta e fundadora da Casa Poema, sede da Escola Lucinda de Poesia Viva, há doze anos que ensina e diz poesia de forma simples, coloquial e encantadora, fazendo com que as palavras reassumam o seu poder gerador de imagens.
Geovana Pires forma com ela uma dupla divertida e emocionante, que nos revela parte da dor e do humor do génio português.
Recicital à BRASILEIRA
Quando: Sexta-feira, 3 de Dezembro
Hora: 18h00
Entrada Livre
Onde: Casa Fernando Pessoa
Rua Coelho da Rocha, 16
Campo de Ourique
1250-088 Lisboa
Tel.: +351 213 913 270
E-mail: cfp@cm-lisboa.pt
Colaboração: Embaixada do Brasil

terça-feira, 5 de julho de 2011

OUVINDO A MAGDA na RÁDIO RAIZONLINE

OUVINDO A MAGDA na RÁDIO RAIZONLINE

Matilde Rosa Araújo: Um Olhar de Menina - Juventude - Literatura ... | http://www.bookhouse.pt/catal...

4ª Feira 6 de JUNHO de 2011
 
 
"MATILDE ROSA ARAÚJO"
Brincar à bola...

De Portugal para os cinco cantos do mundo, todas as quartas-feiras, das 21h às 23h, desfrute de música e poesia, escolhida por mim, a pensar em si

Temas musicais:

PEDRO ABRUNHOSA
RUI VELOSO
DAVID FONSECA
ADRIANA CALCANHOTO
ANAQUIM
CHICO BUARQUE
HARRY BELAFONTE
entre outros

Poesia e Prosa:

CREMILDE VIEIRA DA CRUZ
MANUEL FRAGATA DE MORAIS
ANA BÁRBARA SANTO ANTÓNIO
ANTÓNIO JOSÉ CRAVO
JOAQUIM SUSTELO
ILONA BASTOS
ABÍLIO PACHECO
LUÍS NOGUEIRA

Desperte os cinco sentidos...Ouvindo a Magda
Fique atento e não perca o programa desta semana
das 21h às 23h (hora portuguesa)
outros países ver:


na que já é a sua rádio, na RADIO RAIZONLINE

Obrigada,
Magda Graça

“O Parque de Mansfield” de Jane Austen

Livros

“O Parque de Mansfield” de Jane Austen

“ O Parque de Mansfield”, ora editado pelas Publicações Europa-América, não é certamente um dos melhores romances de Jane Austen e a sua heroina, Fanny Price, está longe de ser simpática ao leitor a partir do primeiro momento.
E o mesmo se pode dizer do par encontrado para Fanny, o seu primo Edmund, também ele prisioneiro de costumes demasiado severos.
Aliás ao longo de todo o romance, Edmund e Fanny vivem separados pelos seus códigos de conduta sofrendo as vicissitudes de uma família que parece viver numa realidade diferente, deixando frustrar as suas expectativas por não quererem quebrar as amarras e libertar-se das cordas que os sufocam.
Mas em “O Parque de Mansfield” é o próprio Parque de Mansfield o centro da história. Tudo parte da mansão e do parque que a rodeia, tudo gira nesse espaço e tudo se constrói e destrói no mesmo espaço.
Os Bertram, os Crawford, a insuportável tia, Norris, irradiam as emoções, as questões e os problemas a partir do casarão que também tem uma virtude: serve de acolhimento familiar.

Em “O Parque de Mansfield”, as personagens surgem e desaparecem, mas a casa é imutável e só quando saem dela é que as personagens se perdem, transitória ou irremediavelmente.
Nem mesmo quando Fanny regressa a Portsmouth, Mansfield desaparece do romance. Está sempre presente nas cartas que recebe.

“O Parque de Mansfield” é um romance de trama complicada e dificil por vezes de seguir.
Fanny Price não colhe a simpatia do leitor porque é demasiado concordante com os cânones de conduta estabelecidos e não consegur libertar a raiva e a revolata que sente em relação aos mesmos. Só a sua recusa em casar com Henry Crawford revela um pouco de rebeldia.

E acabamos por nos perguntar: será que ela tem razão?



Zita Ferreira Braga

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Apresentação do romance "A Cabeça de Séneca"

Livros

Apresentação do romance "A Cabeça de Séneca"

"A Cabeça de Séneca” é a segunda obra distinguida com o Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís, instituído em 2008 pela Estoril-Sol no quadro das comemorações do cinquentenário do grupo.
Paulo Bugalho, 35 anos, médico de profissão, afirmou á Lusa que este é “um romance muito psicológico”.
“É um romance muito psicológico, procuro entrar dentro das cabeças das personagens, tentando saber o que as leva a tomar determinada atitude”, afirmou.
“As personagens com maior densidade – Lídia e Pedro especialmente - são caracterizadas pela sua cabeça, pelo que lhes vai dentro e não por atitudes exteriores ou de forma descritiva”, acrescentou.
O autor afirmou que gosta de escrever romances colocando as personagens em situações críticas, “em que há um conflito moral, ou outro, que têm um problema para resolver, que têm de dar um passo ou fazer uma escolha”.
“O que é interessante é escrever sobre isso, é a função do romance como eu o entendo, e todas as personagens deste romance estão em encruzilhadas”, rematou.
Todavia, o autor afirma que os “problemas que hoje se colocam são os mesmos, ou dentro do mesmo quadro mental, em que os colocavam aos autores latinos como Séneca ou Horácio”.
“Os problemas mantêm-se na espécie humana. A nossa cabeça funciona da mesma maneira e a nossa civilização é um bocado, a deles”, argumentou o escritor.
“A Cabeça de Séneca”, editado pela Gradiva, levou quatro anos a escrever “desde a ideia original até à última revisão. Pelo meio meteu-se a especialização médica e o nascimento de uma filha”, disse.
“A Casa-Comboio”, de Raquel Ochoa foi o primeiro romance distinguido com este prémio. Em declarações à Lusa, Raquel Ochoa afirmou que o galardão “abriu muitas portas”, tendo-lhe dado a certeza de que “era pela via literária que devia continuar”.
A autora lançou recentemente “D. Maria Adelaide de Bragança. A Infanta Rebelde”, pela Oficina do livro.
“Graças ao prémio pude participar em vários encontros literários, estar com muitos dos autores que aprecio e que me inspiram, permitiu-me conhecer novas pessoas e enriquecer-me”, disse Raquel Ochoa à Lusa.
(AC)