Poesia de António Cambeta
VENDAVAL; SAUDADES NO CAIS DEIXEI
VENDAVAL
No meu pequeno, mas belo jardim
entrou a tristeza
o vendaval que assolou a região
levou-me as belas flores
as rosas negras, os crisântemos amarelos
as orquídeas de âncora
que eu tinha bem estimadas
como um tesouro que Deus nos dá.
As plantei e tratei
com paciência de bonzo
numa tarde serena e luminosa
de Maio
Diariamente
vigiava meu tesouro
de orquídeas de âncora
de Fá Mui e de tulipas
Visionava distante com se de um sonho
se tratasse.
De um sonho pleno de amor.
Viver o sonho que sonhei
entre as orquídeas de âncora de meu jardim
embriaga-me
no seu perfume oriental
das orquídeas de âncora.
Uma noite
a tristeza
entrou em meu pequeno mas belo jardim
e com o vendaval da noite
minhas orquídeas de âncora
minhas rosas negras
meus crisântemos amarelos
foram levadas pelo vento.
Na manhã seguinte
ao encontrar todo o meu tesouro
desfeito, chorei lágrimas de sangue.
no chão ainda pude ver uma orquídea de âncora
tentar sobreviver foi só o que restou
De novo, com paciência de chinês
tentarei fazer florir meu tesouro
e o protegendo das intempéries
irei fazer para que minhas orquídeas de ancora
fiquem bem amarradas ao fundo da terra
para que jamais as possa perder
entrou a tristeza
o vendaval que assolou a região
levou-me as belas flores
as rosas negras, os crisântemos amarelos
as orquídeas de âncora
que eu tinha bem estimadas
como um tesouro que Deus nos dá.
As plantei e tratei
com paciência de bonzo
numa tarde serena e luminosa
de Maio
Diariamente
vigiava meu tesouro
de orquídeas de âncora
de Fá Mui e de tulipas
Visionava distante com se de um sonho
se tratasse.
De um sonho pleno de amor.
Viver o sonho que sonhei
entre as orquídeas de âncora de meu jardim
embriaga-me
no seu perfume oriental
das orquídeas de âncora.
Uma noite
a tristeza
entrou em meu pequeno mas belo jardim
e com o vendaval da noite
minhas orquídeas de âncora
minhas rosas negras
meus crisântemos amarelos
foram levadas pelo vento.
Na manhã seguinte
ao encontrar todo o meu tesouro
desfeito, chorei lágrimas de sangue.
no chão ainda pude ver uma orquídea de âncora
tentar sobreviver foi só o que restou
De novo, com paciência de chinês
tentarei fazer florir meu tesouro
e o protegendo das intempéries
irei fazer para que minhas orquídeas de ancora
fiquem bem amarradas ao fundo da terra
para que jamais as possa perder
SAUDADES NO CAIS DEIXEI
Saudades no cais deixei
ficando assim aliviado,
esqueci quem tanto amei jamais serei atraiçoado.
O mar, esse sei que é traiçoeiro,
mas a ele estou habituado,
o tenho por amigo e companheiro,
sei que dele sou sempre amado.
Suas águas vou percorrendo,
as marés as vou contando,
e aos poucos envelhecendo
mas dele sempre gostando.
Neste mar imenso e salgado
suas águas vou sulcando,
tendo o leme bem calibrado
minhas mágoas vou soltando.
Tenho o mar e o céu por companhia,
à noite as estrelas vou contemplando,
e o sol que raia de dia,
esses me vão acompanhando
Vivo um pouco na solidão
não tendo com quem falar,
fortalece meu coração,
Tenho Deus para me ajudar.
O rumo nunca perdi,
com o norte sempre atinei,
foi nele que sempre vivi
e nele sempre estarei.
é sempre bom conselheiro,
para quem com ele souber falar,
ele é bom é fiel companheiro
que sempre nos sabe amar.
Meu rumo está destinado,
ao longe, o cais já avisto,
a ele ficarei amarrado
nesta viagem tudo está já está previsto.
O mar, este, agora de berço me serve,
depois será minha sepultura,
minhas cinzas ele conserve
quando chegar à altura.
Depois, para sempre nele repousarei,
findarão as minhas mágoas,
e eternamente navegarei
em suas serenas águas.
Outras marés outros oceanos,
irei então encontrar,
findam assim os desenganos
a quem na vida tanto soube amar.
ficando assim aliviado,
esqueci quem tanto amei jamais serei atraiçoado.
O mar, esse sei que é traiçoeiro,
mas a ele estou habituado,
o tenho por amigo e companheiro,
sei que dele sou sempre amado.
Suas águas vou percorrendo,
as marés as vou contando,
e aos poucos envelhecendo
mas dele sempre gostando.
Neste mar imenso e salgado
suas águas vou sulcando,
tendo o leme bem calibrado
minhas mágoas vou soltando.
Tenho o mar e o céu por companhia,
à noite as estrelas vou contemplando,
e o sol que raia de dia,
esses me vão acompanhando
Vivo um pouco na solidão
não tendo com quem falar,
fortalece meu coração,
Tenho Deus para me ajudar.
O rumo nunca perdi,
com o norte sempre atinei,
foi nele que sempre vivi
e nele sempre estarei.
é sempre bom conselheiro,
para quem com ele souber falar,
ele é bom é fiel companheiro
que sempre nos sabe amar.
Meu rumo está destinado,
ao longe, o cais já avisto,
a ele ficarei amarrado
nesta viagem tudo está já está previsto.
O mar, este, agora de berço me serve,
depois será minha sepultura,
minhas cinzas ele conserve
quando chegar à altura.
Depois, para sempre nele repousarei,
findarão as minhas mágoas,
e eternamente navegarei
em suas serenas águas.
Outras marés outros oceanos,
irei então encontrar,
findam assim os desenganos
a quem na vida tanto soube amar.
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