Poesia de Arlete Deretti Fernandes
A Quem muito amei; Bolinhas de sabão; Sementes de Amor; Sonho
A Quem muito amei
Queria ser uma flor, a rosa.
De todas a mais delicada.
Queria ser pedra preciosa
que cintila ao sol, na madrugada.
Ao surgir de seus primeiros raios,
a iluminar a natureza inteira,
eu saio a vagar, a procurar-te,
até chegar a lua branca e faceira.
Meu destino será amar-te para sempre,
a plainar pela imensidão do Universo,
qual ave a chamar a companheira.
Esta cicatriz jamais se fechará,
espero encontrar-te em outra vida,
minha saudade só assim se aplacará.
Arlete Deretti Fernandes
Bolinhas de sabão
A menina de vestido bonito,
lá do topo da escada,
solta bolinhas de sabão
e as observa admirada!
Multicoloridas bolhinhas !!!
que voam nas asas do vento.
Vestido de bolinhas esvoaçante,
Lá no topo da escada!
a menina embevecida e deslumbrante,
sonha que as bolinhas seguem sua estrada,
sem saber que se acorda na vida num instante,
E as bolinhas explodem no ar, espatifadas!.
Arlete Deretti Fernandes
Sementes de Amor
Se eu for um plantador de esperanças,
jogarei lindas sementes pelos caminhos que passar.
Sementes de amor aos carentes,
sementes de paz aos sofridos,
sementes de alegria aos tristonhos.
E quando voltar da jornada,
pularei, cantarei versos de esperança
a todos que dela precisarem.
Verei ao longe o arco íris depois da chuva,
as estrelas, o capim e o cheiro de terra molhada.
E sorrirei, porque muitas sementes
brotaram na minha volta, e de seus brotos
saíram pétalas multicoloridas,
e as crianças têm boas escolas,
os doentes são tratados em bons hospitais,
os idosos recebem carinho.
E as sementes de amor proliferam cada vez mais...
Arlete Deretti Fernandes
Sonho
Quero chegar bem devagarinho.
Pé antepé, e com carinho,
Recordar aquela meiga criança
Que um dia esperou o coelhinho.
Passar a mão em seus lindos cabelos,
Beijar seu rosto inocente,
Olhar com alegria seus olhos,
Que amarei para sempre.
Quando chegam estas datas
Meu coração sente mais saudades
De um tempo que foi ontem.
Caminho pelos gramados
E no meio das plantas revejo
Um cinema inesquecível.
Arlete Deretti Fernandes
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