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Apresentação do romance "A Cabeça de Séneca" "A Cabeça de Séneca” é a segunda obra distinguida com o Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís, instituído em 2008 pela Estoril-Sol no quadro das comemorações do cinquentenário do grupo. Paulo Bugalho, 35 anos, médico de profissão, afirmou á Lusa que este é “um romance muito psicológico”. “É um romance muito psicológico, procuro entrar dentro das cabeças das personagens, tentando saber o que as leva a tomar determinada atitude”, afirmou. “As personagens com maior densidade – Lídia e Pedro especialmente - são caracterizadas pela sua cabeça, pelo que lhes vai dentro e não por atitudes exteriores ou de forma descritiva”, acrescentou. O autor afirmou que gosta de escrever romances colocando as personagens em situações críticas, “em que há um conflito moral, ou outro, que têm um problema para resolver, que têm de dar um passo ou fazer uma escolha”. “O que é interessante é escrever sobre isso, é a função do romance como eu o entendo, e todas as personagens deste romance estão em encruzilhadas”, rematou. Todavia, o autor afirma que os “problemas que hoje se colocam são os mesmos, ou dentro do mesmo quadro mental, em que os colocavam aos autores latinos como Séneca ou Horácio”. “Os problemas mantêm-se na espécie humana. A nossa cabeça funciona da mesma maneira e a nossa civilização é um bocado, a deles”, argumentou o escritor. “A Cabeça de Séneca”, editado pela Gradiva, levou quatro anos a escrever “desde a ideia original até à última revisão. Pelo meio meteu-se a especialização médica e o nascimento de uma filha”, disse. “A Casa-Comboio”, de Raquel Ochoa foi o primeiro romance distinguido com este prémio. Em declarações à Lusa, Raquel Ochoa afirmou que o galardão “abriu muitas portas”, tendo-lhe dado a certeza de que “era pela via literária que devia continuar”. A autora lançou recentemente “D. Maria Adelaide de Bragança. A Infanta Rebelde”, pela Oficina do livro. “Graças ao prémio pude participar em vários encontros literários, estar com muitos dos autores que aprecio e que me inspiram, permitiu-me conhecer novas pessoas e enriquecer-me”, disse Raquel Ochoa à Lusa. (AC) |
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