domingo, 5 de fevereiro de 2012

Poética de Ilona Bastos - Deixemos Falar os Nossos Corações; Infinito Criador; Vida



Poética de Ilona Bastos - Deixemos Falar os Nossos Corações; Infinito Criador; Vida
 
 Deixemos Falar os Nossos Corações

Nada do que eu digo
é apenas isso -
é sempre muito mais.
Tu recebes as palavras,
 Misturas o tom e a cor
 Dos teus pensamentos,
 Referências de outros sons,
 De outras imagens e momentos,

Infinito Criador

 é pela janela que se lança o meu olhar
 e com ele a minha alma
 neste sedento bater de asas
 pelo azul do cais de partida
 e de chegada.
 Não busca mais a distância, o meu olhar

Vida

 Eterno é o amor que criou a vida
 no seio do Universo infinito!
 Contida num mínimo ponto primordial,
 florida em explosão colossal,
 na expansão perpétua se difunde
 por milhões de galáxias,
 inquieta se abriga neste berço,
 turbilhão de nuvens etéreas e nuances,
 vastidão de oceanos azuis, ondulantes,
 que refrescam e da terra se apartam.
 Na água, desenvolve a semente,
 simples que é, complexa se torna,
 em várias formas que às margens sobem

Leia este tema completo a partir de 6/2/2012

Poesia e prosa poética de Kácia Pontes - Prosa Poética: A flor vermelha do amor - paixão, amor - razão, amor - prazer... ; - Poesia: Nunca amei alguém assim...; A dor em vão que mais machuca um coração...



Poesia e prosa poética de Kácia Pontes - Prosa Poética: A flor vermelha do amor - paixão, amor - razão, amor - prazer... ; - Poesia: Nunca amei alguém assim...; A dor em vão que mais machuca um coração...
 
 A flor vermelha do amor - paixão, amor - razão, amor -prazer...

Conta à lenda que a flor chamada rosa cujo simbolismo vem da cultura ocidental que por ser formosa e bela foi consagrada a muitas deusas singelas da mitologia como conta a historia...
Estas são as deusas que pela vida foram perpetuadas através das lendas do amor, a linda Afrodite (grega), Vênus (romana), Flora (deusa da primavera e das flores), consagrada a Isís que é retratada com uma coroa de rosas e a deusa Lakshmi (Hindu) cada uma com sua historia enfeitando de amor a nossa memória.
 Os mistérios e a magia dessa flor mais antiga de que se tem notícia, inspiraram poetas, jardineiros, escritores, histórias foram contadas, poemas foram idealizados e apaixonaram, muitos amores foram conquistados e textos escritos. Uma das mais lindas poesias é a do grande poeta lírico Anacreon, que atribuiu o seu nascimento a Vênus. Ele imaginou a deusa surpreendida por Júpiter enquanto se banhava. Vênus enrubesceu de tal maneira, que de sua face brotaram rosas...

Nunca amei alguém assim...
 
 Nunca amei alguém que me levasse para além do infinito
 Que mexesse na minha alma e entrasse no mais intimo
Alguém cujo sorriso abre todas as portas de minha alma
E a voz trás no gemido mil loucura de amor e escrita em prosa...
 Me faz delirar e voar como um pássaro cortando os céus a admirar
 E nesse voo rasante me agarro nos teus cabelos para nunca me separar
 Do amor mais lindo que no meu peito teus versos fez brotar
 E que o vento leve como eco o meu verso de amor para te encantar...

A dor em vão que mais machuca um coração...
 
 A dor que mais machuca um coração...
 é a dor que vem de uma seta atravessando o centro da emoção
 Cortando e dilacerando sem medida, pena e sem compaixão
 Tocando e doendo profundo no mais íntimo do nosso ser
 é essa dor que sem pena no meu coração alguém fez nascer...
 A seta assim como um punhal afiado e brilhante
 Entra na carne, judia numa dor que fura e sangra a gente
 Uma dor imensa, fina e fria que desdobra a alma vazia
 Mas que do peito faz morada até que a morte esvazia...

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Poesia de Adelina Velho da Palma - Aqui e agora; O poeta; A esperança



Poesia de Adelina Velho da Palma - Aqui e agora; O poeta; A esperança
 
 Aqui e agora

A vida acontece aqui e agora
 o passado é simples recordação
 o futuro é mera especulação
 e nunca o presente se vai embora...

A realidade é feita hora a hora
 e só a ela se deve atenção
 só com ela se tem a percepção
 da suprema lei que em tudo vigora!...

O poeta

 O poeta mantém certa distância
 mas está por dentro e por fora de tudo
 estar ao largo é o que permite o estudo
 e no meio amplifica a importância...

Quando vive com forte acutilância
 emoção ou sentido mais agudo
 consegue esquadrinhar-lhe o conteúdo
 incrementando a própria relevância...

A esperança
 
 Há uma luz que ilumina a escuridão,
 uma plaina que amacia o caminho,
 um alento quando se está sozinho
 que nos guia, refrigera e dá a mão...

Não se trata de simples sensação
 que se evapore ante frágil espinho,
 mas de aceitar o imenso carinho
 com que Deus nos aporta à salvação!...

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O Quebra-Galho - Por José Pedreira da Cruz - (Pura verdade...Será? ...)



O Quebra-Galho - Por José Pedreira da Cruz - (Pura verdade...Será? ...) 

A alegria era contagiante em todo o Brasil e o povo delirava com a música que enaltecia os brasileiros na qual dizia «estarem todos em ação».
Eu era, sem dúvida, um fragmento dessa euforia em terras cariocas. Um recém-chegado das caatingas que nada entendia da vida metropolitana, e por isso estranhava tudo ao meu redor.

Lembro-me de que a vida não estava, assim, tão risonha para mim, que vivia desempregado, desdentado, duro e dependente de uma oportunidade.
 Se bem me lembro era um domingo, e nele o último jogo da Copa: a decisão final: Brasil e Itália. E eu não tinha rádio nem TV.

Nesse dia eu estava na casa de um irmão, um fuzileiro naval que eu acreditava não necessitar fazer nenhum tipo de «bico» para complementar seu soldo, mas, mesmo assim, ele havia dado uma estudadinha em alguns livros de eletrônica e se auto-intitular técnico de rádio e de tv.

A notícia de que no bairro havia um consertador de televisão se espalhou rapidamente pela vizinhança, pois um aviso com a tal indicação permanecia afixada na fachada de sua moradia e isso lhe afluía alguns minguados fregueses. E foi naquele inesquecível domingo, em que a cidade já amanheceu inquieta e com um clima de festiva euforia, que apareceu um indivíduo e contrata o meu irmão para consertar seu aparelho de televisão, exigindo urgência urgentíssimo, pois nele veria a decisão da Copa do Mundo.


Poesia de Valdeck Almeida de Jesus - Querido Professor; Confissão; Vida



Poesia de Valdeck Almeida de Jesus - Querido Professor; Confissão; Vida
 
 Querido Professor
 
Apesar de ser pequenininho,
E não entender muito das palavras,
Hoje acredito em tudo o que você me falava.
Muitas vezes me senti perdido
Inseguro, desprotegido.
Mas você me acolheu com sua maneira inteligente,
Ao mesmo tempo diferente

Confissão
 
Como eu posso fugir de uma
pessoa que quero tanto encontrar?
Como esconder um sentimento que já
está estampado,
escancarado em todas as minhas
atitudes?
Como posso pensar em negar o que
sinto,
se o que sinto é mais forte do que
meu próprio pensar?
Como não me entregar a esse

Vida

Viver eu tento,
Morrer não quero;
Sorrir desejo,
mas não consigo;
Me ver em ti,
procuro sempre;
Amar com garra
e com segurança
estou tentando
desde sempre.

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Poesia Por Samuel Freitas de Oliveira - AH! SE..........; VELHO ROSTO; DOIS EM UM



Poesia Por Samuel Freitas de Oliveira - AH! SE..........; VELHO ROSTO; DOIS EM UM

 AH! SE..........

 Ah! Se viesse a se estampar no rosto,
 A inveja vil, no íntimo escondida!
 Ah! Se um pensamento - ao bem oposto -
Não se ocultasse em lágrima fingida!

Ah! Se a pessoa mantivesse exposto,
 Todo o orgulho d'alma entorpecida!
 Ah! Se não se fingisse ter desgosto,
 Ante a dor, que um outro traz retida!

VELHO ROSTO

 Vê que, nas rugas de um velho rosto,
 (Rugas que trazem múltiplas histórias)
 Estão ocultos perdas e vitórias,
 Risos, prantos, prazeres e desgosto.

Mas um dia o frescor já trouxe exposto,
 Da juventude com as suas glórias,
 Que hoje são-lhe esboços de memórias
 Sobre a tela de um tempo decomposto.

DOIS EM UM

 Teu olhar traz-me a mansidão de um riacho
 E as profundezas do Oceano;
 Os mistérios do Espaço
E a transparência do cristal.

A tepidez dos teus lábios,
 Sopra-me um hálito gostoso,
 Como a brisa a chegar da mata,
 Com sabor de mel
 E perfume de flores.

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O homem básico. - Crónica de Edvaldo Rosa



O homem básico. - Crónica de Edvaldo Rosa 

 Numa das muitas discussões familiares, num tom mais de conversa do que de briga, minha esposa disse-me: - Gostaria que você fosse um homem básico!
 Tentei entender-lhe o sentido da frase, questionando o que seria um homem básico...
 
Seus argumentos foram os de que eu aos 50 anos enveredo-me por novos caminhos, procurando por novas oportunidades na vida, ora trabalhando, ora estudando, e pouco fico em casa ao seu lado... Assim, penso eu, um homem básico seria aquele que se assenta, aquieta-se, e vai curtindo mais a vida ao lado da esposa...

Sei, sinto, que um relacionamento a dois é complicado, onde tenta-se equilibrar vontades por vezes conflituantes, expectativas de vida diferentes... E onde um consenso é por vários motivos uma bênção, uma dádiva!

 Vim de um tempo onde o homem era o provedor da casa, e por desempenhar tal papel não raro se privava de um contato mais próximo aos seus, que não significava falta de amor e carinho, mas comprometimento, responsabilidade... Sei também que os tempos mudaram...

Mas sinto que esta mudança não foi em nada favorável ao homem... Existe uma grave crise de identidade, onde os papéis femininos se realçam e os masculinos parecem que esmaecem... E os dois ora se confundem, ora se descaracterizam!