terça-feira, 31 de maio de 2011

Luís Magalhães volta a ganhar prémio na África do Sul

Discos

Luís Magalhães volta a ganhar prémio na África do Sul

“Este foi um autêntico ‘tour de force’ porque a obra de Beethoven para violoncelo e piano é muito extensa, foi um trabalho de quase um ano e meio que fizemos em conjunto com um musicólogo, especialista em Beethoven, para tentar encontrar a verdadeira história por detrás dos tempos e velocidades que o Beethoven gostava que fossem usados em cada obra”, disse à Lusa o galardoado, que reside em Stellenbosch, perto da Cidade do Cabo, há largos anos.
O produto final, feito em parceria com o violoncelista Peter Martens, e editado pela etiqueta “TwoPianists Records”, do próprio Luís Magalhães e da sua mulher, Nina, venceu o SAMA (South Africa Music Awards) para o Melhor Álbum de Música Clássica Popular.
“Uma vez que este é o segundo ano em que vencemos os SAMA, vamos agora tentar fazer um hat-trick, como o meu Futebol Clube do Porto, ganhando outra vez para o ano”, garantiu bem humorado aquele que já se tornou um nome inultrapassável na cena musical sul-africana.
A par com os galardões e concertos, Luís Magalhães mantém bem viva a actividade da sua etiqueta musical. A TwoPianists Records vem editando com regularidade.
Desde o início do ano já gravou uma de cinco obras contratadas com a soprano Michelle Breedt, inspiradas em textos de Shakespeare, considerada por Magalhães como “simplesmente fantástica”, uma obra com o violinista Frank Stadler, baseada em composições de Janacek, Schumann e Schubert, além de um disco com jovens músicos que estão a entrar no mercado sob a etiqueta Debut, este com o jovem pianista sul-africano BenSchuman, que vive em Londres.
Em Agosto, a TwoPianists lançará mais uma obra, esta com Konstantin Scherbakov, que a editora contratou através da multinacional Naxos, com quem tem uma parceria a nível internacional, com o título “Me - On Wings of Song”.
Luís Magalhães promete ainda “mais umas surpresas”, mas diz que é ainda cedo para revelar.
Confiante relativamente ao futuro, o músico afirma que uma vez que a etiqueta TwoPianists surgiu em plena crise mundial, “a partir deste momento só pode crescer”.
“Conseguimos criar uma ligação emocional com o público sul-africano por sermos a única editora de música clássica do país e isto é uma espécie de orgulho nacional numa audiência que é conhecedora do género e não é influenciada pelas tendências mais comerciais da música clássica que existem por exemplo na Europa”, concluiu Luís Magalhães.
(ES)

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